7 de outubro de 2011

Capítulo 7

SØSSEGO
Estávamos lá dentro da casa, na sala. Estava tudo amontoado, malas, pessoas, móveis. Uma hora ou outra alguém sempre olhava pra mim com um olhar estranho. Só Yan que não, pois ele sabia da senhora, ele também havia isto ela.
Senhor Xiao: Então… vamos separar os quartos.
Jinghua Xu: Meu quarto acomoda quatro pessoas, Yan, Lucas e Yooji podem ficar lá.
Senhor Xiao: Naquele quarto que dormia a maioria, pode dormir o resto do pessoal.
Alice: Esse quarto deve ser realmente grande não é?
Yooji: Na verdade é o maior da casa.
Ana: Será que caberá todo mundo?
Senhor Xiao: Sim. Quando os outros dormiram aqui, dormiram em sete naquele quarto.
Yan: E nossas malas?
Jinghua Xu: Podemos deixar aqui, por enquanto.
Marlon: Só tem uma coisa.
Tiemi: O que é?
Marlon: Onde é o banheiro? Preciso tomar um banho.
Senhor Xiao: É entrando no corredor, a segunda porta a direita.
Larguei a raquete do lado da mochila que Ana me entregou. Abri minha mala que estava perto de mim, tirei algumas roupas e minha toalha. Entrei pelo corredor, e fui seguindo até a segunda porta a direita, entrando o banheiro não era tão diferente do banheiro do Brasil. Eu soltei minhas roupas no canto, e fui tirando as roupas que eu estava no corpo.
Marlon: Ih caramba. Esse curativo vai ter que agüentar. Não vou querer fazer outro.
Entrei no chuveiro, só tinha água morna. Mais dava pra encarar, estava sol. Mais eu odiava tomar banho em água fria ou gelada. Comecei cantar Clarence Henry - Ain't Got No Home. Música que o Sam Emerson (Corey Haim) canta quando toma banho no filme The Lost Boys (Os Garotos Perdidos) de 1987. Passado alguns minutos, Yan começou a bater na porta.
Yan: Vamos logo cara.
Marlon: Tá bom. To saindo.
Desliguei o chuveiro e comecei a pensar sobre como viemos parar aqui. Cada detalhe. Já vestido, abri a porta e Yan veio correndo pra dentro do banheiro.
Marlon: O que aconteceu cara? Ou tudo isso é só pra tomar um bom banho logo?
Yan: Você ainda não tinha muito de zumbi em você como eu. Sai logo, me deixa tirar isso logo.
Marlon: Tá. Tá bom.
Saí do banheiro com a toalha nos ombros, com uma roupa limpa, cheirosa e arrumada, eu estava até mais leve. Calça jeans, camiseta e tênis. Era a única coisa que eu sempre usei, e irei continuar usando. Voltei para sala, e Felipe escutava os chiados do rádio:
Felipe: Nenhum funciona.
Marlon: Droga. O que acha? Isso foi no mundo inteiro?
Felipe: Talvez sim. Talvez não. Não sei.
Ele continuou a mexer no rádio, eu retornei para o corredor e comecei a procurar o quarto em que eu iria ficar. Na primeira porta a direita, a porta estava aberta e Ana e Jinghua Xu estavam lá conversando. Não deve ser ali, continuei andando.
Cheguei até o quarto em que estava Yooji, Alice e Lucas.
Alice: …Então é assim?
Yooji: Sim.
Yooji estava ensinando Alice a manipular o pé de cabra, mais do que simplesmente bater. Lucas assistia.
Marlon: Ah… oi.
Lucas: Aí.
Alice: Venha assistir eu aprender a usar o pé de cabra.
Yooji: Senta por aí.
Não tenho de melhor pra fazer mesmo. Eu sentei perto de Lucas e fiquei observando o ensinamento.
Eu me levantei do chão e saí do quarto, passei pela porta do banheiro e Yan cantava Kate Perry.
Marlon: Ele precisa ouvir músicas melhores. Haha.
Chegando à sala, peguei minha raquete que estava ao lado da minha mochila em cima da mala e fui lá pra fora. Devia ser 13h00mmin e eu estava com fome, mais enquanto ninguém fala nada, vou praticar um pouquinho.
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Tiemi cozinhava e logo Ana e Jinghua Xu passam pela porta da cozinha, se sentam á mesa, e começam o bate papo.
Jinghua Xu: E então, nos conte como o Marlon te salvou. Você não contou ainda.
Tiemi: Ah. Eu ia me jogar de uma ponte, e ele me puxou.
Ana: Porque ia fazer isso?
Tiemi: Porque eu achei que não havia mais ninguém vivo.
Jinghua Xu: Eu sabia. Os telefones sem funcionar, a internet, TVs. Tudo fora do ar.
Ana: Mais… sinceramente, você achou que não ia ficar ninguém vivo?
Tiemi: Sim.
Jinghua Xu: Agora… o que acham de mudar de assunto?
Ana: Vamos falar dos gatinhos da casa.
Jinghua Xu: O Yan é o mais bonito.
Tiemi: Desculpa amiga, mais o Marlon ganha.
Ana: O que? Vocês estão loucas? Já viram o meu salvador? Ele é um Deus grego, quer dizer, Deus Oriental.
Tiemi: Felipe?
Jinghua Xu: Ele é bem quieto. Não acham?
Ana: Ele só é tímido.
Lucas: Quem só é tímido?
Jinghua Xu: O Fe…
Ana: O Feijão. Nunca viu a propaganda do feijão da Record lá no Brasil?
Lucas: Eu não. Só assistia canais fechados de parabólica.
Tiemi: O almoço está quase pronto. Chamem os outros.
Ana: Eu vou chamar.
Ana saiu da cozinha, e Lucas se sentou no lugar em que Ana estava.
Tiemi: Ela gosta do Felipe seu amigo.
Lucas: Haha. Sério?
Jinghua Xu: Sim. O salvador dela.
Lucas: Deixa isso pra lá. Eles que se entendam.
Tiemi: Tem razão.
Marlon: Hum. Que cheiro bom.
Ana: A Tiemi cozinha muito bem. Pelo menos o cheiro está maravilhoso.
Eu fui me sentando à mesa, e logo Tiemi me passou um prato de comida, e começou a distribuir os pratos para todos. E logo o Senhor Xiao chegou.
Ele se sentou e também começou a comer, eu comia e entre uma bocada e outra com os hashis, olhava para todos na mesa.
Alice: E agora? O que devemos fazer?
Marlon: Conseguir armas.
Felipe: Devemos ir há uma base militar.
Yan: Na mosca.
Senhor Xiao: Ninguém vai sair daqui.
Ana: O QUE?
Jinghua Xu: O que foi pai?
Senhor Xiao: Estou cansado de ver mortes ou saber de mortes ultimamente e inutilmente.
Lucas: Então é só ficar aqui.
Senhor Xiao: Se forem não devem voltar mais.
Jinghua Xu: PAPAI? O QUE O SENHOR DISSE?
Jinghua Xu saiu correndo da cozinha, Yan se levantou e foi atrás.
Senhor Xiao: Eu não quero perder minha filha.
Marlon: Nós entendemos, mais precisamos ter algum trunfo, algum Ás debaixo da camiseta. Algumas coisas a mais no porta-malas.
Falei isso me lembrando do Talahasse do Zumbilandia.
Senhor Xiao: Então deverão achar outro lugar pra ficar.
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Fora da casa, Jinghua Xu chorava encostada no carro, eu andava devagar até ela, ela estava tão triste.
Yan: Jinghua, por favor, não chore.
Jinghua Xu: Ele não quer deixar agente sair. E se nós sairmos, eu nunca mais vou vê-lo.
Yan: Eu…
Eu tinha é que bolar algo.
Yan: Eu fico aqui com você. E os outros vão. Quando eles voltarem, nós poderemos ir para outro lugar, ou até lá, podemos convencer seu pai.
Jinghua Xu: Yan. Você não conhece meu pai.
Yan: Eu conheço apenas a vontade de te ajudar.
Ela me olhou com os olhos mergulhados em lágrimas, e me abraçou. Me abraçou forte, parecia até que ia me esmagar de tão forte,… eu apenas a abracei também.
Yan: Vamos ver isso amanhã ok? Os outros também vão querer ver isso amanhã.
Jinghua Xu: Obrigada Yan. Eu…
Yan: Somente me deixe ficar aqui com você.
Encostado no carro, eu pude pensar mais claramente. Abraçado com Jinghua Xu, que volta e meia deixava escapar.
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Terminando de “almoçar” (poderia ser umas três da tarde, não acho que poderia chamar de almoço) Ana e Alice lavavam a louça com Lucas e Felipe sentados na mesa batendo papo.
Lucas: Cara, e agora? Vamos ficar aqui?
Felipe: Não. Alguém vai bolar algo pra irmos.
Alice: Espero que sim. Eu não vou agüentar lavar louça.
Ana: Muito menos eu.
Yooji e o senhor Xiao conversavam na sala. Eu estava no quarto, e Tiemi acabara de chegar, e estava deitada na cama.
Marlon: Você está bem?
Tiemi: Com exceção da tensão na hora de comer, sim.
Cheguei perto da cama em que ela estava deitada e me sentei do lado dela.
Marlon: Você realmente está bem?
Tiemi: Estou tudo, menos bem nesse momento.
Marlon: Eu estou sempre ao seu lado. Nunca se esqueça, eu… te protegerei de qualquer coisa.
Tiemi: Obrigada.
Tiemi se levantou e fico sentada ao meu lado.
Marlon: Não fica assim tão perto. Não é seguro.
Tiemi: Porque não?
Olhei para ela com uma expressão séria.
Tiemi: EU sei que não é seguro. Não estou preocupada.
Marlon: Tem certeza?
Tiemi: Toda certeza do mundo.
Olhando para Tiemi, ela estava com aquele sorriso tímido no rosto. Ela pegou na minha mão.
Marlon: Tiemi eu…
Tiemi: Shhhh…!
Tiemi fez sinal pra eu ficar quieto, e veio se aproximando para me beijar. Eu apenas fechei os olhos e deixei rolar.
Enquanto nos beijávamos, Tiemi segurava forte minha mão. Até que ela parou e se afastou.
Marlon: Fiz algo de errado?
Tiemi: Não. Eu…
Yan: Marlon venha aqui.
Droga. Justo nessa hora, Yan chega pra me interromper.
Marlon: O que aconteceu cara?
Yan: Vocês dois, sem perguntas, apenas venham.
Tiemi pegou em minha mão, como se fossemos namorados, na hora eu estranhei. Mais Yan estava com pressa, então fomos correndo seguindo-o.
Chegamos ao quarto de Jinghua Xu. Estavam todos lá, menos Yooji e o pai de Jinghua.
Alice: Pronto, todos aqui.
Lucas: Agora podemos começar?
Tiemi: Começar o que?
Ana: Reunião.
Marlon: Reunião? Para que?
Yan: Pra gente saber o que fazer amanhã.
Jinghua Xu: Eu não quero ir com vocês, e depois não ver mais meu pai.
Felipe: Mais nós temos que pegar armas.
Yan: Tá difícil assim.
Ana: O que faremos?
Yan: Já sei!
Marlon: Fala Dexter!
Yan: Podemos sair amanhã a noite.
Felipe: Enquanto ele estiver dormindo.
Tiemi: Isso. Bem mais fácil.
Jinghua Xu: Mais teremos que voltar muito rápido, e sem barulho.
Ana: Que cabeça hein Yan.
Marlon: Então tá feito né?
Jinghua Xu: É um bom plano.
Lucas: Mais precisamos pensar em outro, até amanhã à noite.
Marlon: Certo. Eu to meio cansado. Vou deitar um pouco.
Alice: Já vai dormir?
Marlon: Não. Só deitar.
Fui para o outro quarto, o pessoal ficou lá conversando. Eu estava até meio zonzo. Chegando à primeira cama que vi, deitei. Meu corpo parecia um tijolo caindo, era como se eu tivesse sem dormir á dias. Caindo na cama, desmaiei. Dormi.
* * * *
Voltando a consciência rapidamente, me cutucavam como se eu tivesse morrendo, abri os olhos rapidamente. E era Tiemi me acordando.
Tiemi: Acorda, temos que ir.
Marlon: Calma. O que aconteceu? Agente só vai sair amanhã.
Tiemi: Eles estão aqui fora. Daqui a pouco vão invadir aqui.
Marlon: O que?

3 de outubro de 2011

Capítulo 6

Á CAMINHØ DA CASA DE JINGHUA XU
Faltava passar uma quadra e então chegaríamos onde o carro havia capotado, Yan estava por ali perto, eu o conheço e sei mais ou menos como ele pensa.
Marlon: Seguinte: aqui vamos receosos, não sabemos como está a rua adiante.
Lucas: Belezinha.
Nós continuamos seguindo, eu ia á frente ao lado de Felipe e colados atrás de nós iam Tiemi e Lucas, Felipe não era muito de falar. Já Lucas, parecia ser o oposto, era bem extrovertido. Eu estava com medo de Yan e as garotas estarem mortos, mais foi um risco que eu deixei acontecer para impedir outro risco. Eu não poderia ficar feliz, sabendo que uma garota chinesa eu deixei morrer no aeroporto e a outra quase se matou pulando de Bang Jump sem cordas. Eu estou louco para saber quem são também aquelas duas pessoas que estavam falando. Quando eu ainda estava no carro.
Felipe: Agora é lutar.
Saindo dos meus pensamentos, vi alguns zumbis e pessoas correndo, entre elas estavam Alice e Ana.
Marlon: Vamos lá. Tiemi fique atrás de mim.
Quando vi, Felipe já estava longe, havia uma pessoa no chão. Eu não consegui ver quem era porque tinha que me preocupar com os zumbis que vinham atrás de mim, Lucas também estava ocupado com alguns zumbis.
Yan: Venham.
Ainda cuidando dos zumbis, ouvi a voz de Yan, então era ele.
Marlon: Tiemi veja onde eles estão e me diga para irmos pra lá.
Tiemi: Estão para aquele lado.
Eu olhei quando tive uma folga, e aproveitei pra chamar Lucas que estava perto de mim. Felipe, já corria com a garota no colo para o carro.
Havia mais zumbis, mais estavam um pouco longe, nós corremos até o carro. Tiemi entrou e não tinha mais lugar, o carro estava cheio. Yan e um menino na frente,… e no banco traseiro estavam Felipe, Ana, Alice, outra menina desconhecida e Tiemi.
Marlon: Droga. Já sei. Lucas se agarre nas janelas do carro.
Lucas: O que?
Marlon: Agora. Yan coloca o pé na tábua.
Eu estava firmemente segurando na janela do carro, mais na janela de trás. Lucas se agarrou na janela da frente. Ficamos pendurados como enfeites de natal no carro, e então fomos para a bifurcação em que viemos, e vi alguns daqueles zumbis nos seguirem, fomos desviando de alguns carros e sem conseguir desviar eu bati meu pé em dois retrovisores.
Perdendo velocidade, percebi que Yan ia parando o carro e nós chegávamos ao bloqueio de carros policiais.
Soltando da janela e ficando normal, meu pé parecia que tinha levado uma martelada no pé direito. Caí sentado no chão, e o pessoal foi saindo do carro. Não dando tempo para ninguém perguntar o porquê eu caí, foram tratar de conter os zumbis que nos seguiam. A menina que eu não conhecia usava uma Katana, e o garoto usava um pé de cabra. Felipe era o que me preocupava, ele era o mais rápido em dar um ataque nos zumbis, sabendo que um dia eles teriam sido pessoas normais, como eu e ele.
Estava tudo quieto após eles acabarem com o último zumbi, Lucas o fez.
Tiemi: Você está bem?
Marlon: Não. Eu…
Jinghua Xu: Tiemi?
Tiemi: Jinghua Xu? Yooji?
Yooji: Senti saudades.
Jinghua Xu: Que bom que está viva.
Tiemi: Mais eu não deveria estar. Só estou porque o Marlon me salvou.
Yooji: Que bom que te salvou.
Yan: Marlon você tá bem?
Marlon: Meu pé. Não vou conseguir andar.
Lucas: Se quiser ajuda.
Marlon: Valeu.
Alice: Jura? Nada de apresentações?
Ana: Eu to mega curiosa pra saber o nome do meu salvador.
Felipe: Meu nome é… Felipe.
Yan: Temos que seguir em frente, parar no aeroporto ainda.
Marlon: Vamos. Depois do bloqueio tem dois carros, os quais nós poderemos pegar.
Passamos o bloqueio, confesso que fiquei meio pé atrás com aquele Yooji. Ele olhava para Tiemi como se fossem namorados. Lucas me ajudou a passar o bloqueio, e logo todos nós passamos. A rua, pelo menos nessa parte, não tinha zumbis, estava vazia. Apontei o carro que eu havia pegado.
Marlon: Esse carro é o que peguei depois que nos separamos. Podemos usar esse carro e o outro que nós usamos.
Yan: Marlon, só tem uma coisa.
Marlon: O que é?
Yan: Você vai ter que nos esperar no carro. Não pode andar assim.
Marlon: Tá de sacanagem né?
Tiemi: Ele tem razão. Eu fico cuidando de você.
Jinghua Xu: Eu também posso ficar com eles.
Yan: Certo. O resto vai para o avião pegar as malas.
Lucas: Por enquanto…?
Marlon: Por enquanto, é que no carro preto vai: Yan, Alice, Felipe, Ana e ele.
Disse apontando para aquele garoto japonês que eu nem sabia o nome.
Marlon: E no outro carro, Tiemi, Lucas, a garota com a Katana e eu.
Yan: Ok. A separação ficou boa. Apesar de que só o Lucas vai conosco pegar as malas né?
Lucas: E vou dirigir o carro.
Jinghua Xu: Na volta eu dirijo.
Lucas: Aham.
Ana: Querem uma mesinha pra jogar truco, ou vamos ir logo?
Yan: Certo! Vamos.
Como Yan disse, todos foram para os carros. Tiemi e eu entramos no banco traseiro, Lucas e Jinghua Xu nos bancos da frente.
Marlon: Obrigado por vocês me ajudarem.
Jinghua Xu: Não precisa agradecer.
Tiemi: Principalmente pra mim. Só estou fazendo o que devo fazer.
Marlon: Você não me deve nada.
Lucas ligou o carro e foi seguindo o carro de Yan.
Tiemi: Devo minha vida.
Marlon: Não. Chega disso. Eu te salvei, mais não quero que você fique assim, você não me deve nada. Ok? Estamos quites.
Tiemi: Eu quero fazer, quero cuidar de você. Seu ombro que não está melhor e seu pé agora.
Marlon: Se você quer, eu não posso impedir.
Ela sorriu,… eu retribuí o sorriso. E logo estávamos chegando perto do aeroporto. Minha cabeça automaticamente, vendo dois zumbis parados perto do aeroporto, se lembrara de marcos e Gabriel: meus dois amigos de infância. Será que eles estariam vivos? Será que tudo isso teria chegado ao Brasil?
Lucas: Eu volto logo. Já fiquem meio prontos pra abrir o porta-malas.
Jinghua Xu: Ok.
Lucas saiu, e se juntou aos outros que foram tratar de por aqueles dois zumbis pra dormir. Eu fiquei olhando até eles sumirem entrando no aeroporto. Os carros ficaram estacionados de ré pra porta.
Jinghua Xu: Oi. Não deu tempo pra apresentações, eu sou Jinghua Xu.
Marlon: Muito prazer. Sou Marlon.
Tiemi: Vamos pra fora Jinghua Xu, gostaria de falar algo com você em particular.
Jinghua Xu: Sim.
Marlon: Eu espero.
As duas foram lá pra fora, eu queria tanto ter ido com eles. Ação. Estava perdendo. Mais poderia usar um artifício que eles não poderiam, pensar no futuro. E era isso que eu ia fazer.
Tínhamos que ter alguém pra pensar sobre tudo: Um lugar seguro, Armas, Armadilhas, tudo isso, e muito mais coisas. Inicialmente a moradia é boa… é no campo, onde poderemos ficar mais sossegados. Eu estava mais preocupado com comida. Havia me batido fome, acho que estamos na base do meio-dia, eles tem que vir logo. Pensar sobre o que vamos fazer no futuro… é mais fácil deixar pra frente. O negócio agora é ir pra aquela casa e comer. Comer o que der.
Marlon: Há! Que fome.
Jinghua Xu: Nós também estamos com fome.
Disse Jinghua Xu entrando no carro com Tiemi. Jinghua Xu estava sentada no lugar do motorista com a porta aberta e as pernas pra fora, Tiemi sentou do meu lado.
Jinghua Xu: São eles.
Dizia Jinghua Xu olhando para trás, eu me virei e realmente, eles estavam vindo correndo.
Marlon: Vai lá abrir o porta-malas.
Jinghua Xu correu em disparada e abriu o porta-malas. Lucas que vinha correndo no meio dos outros, colocou as coisas no porta-malas, enquanto isso Jinghua Xu voltava correndo pro volante.
Lucas: Caramba, esses zumbis nunca cansam hein?
Marlon: Haha. É verdade. Jinghua Xu porque você não está indo?
Jinghua Xu: Nós temos que dar cobertura para os outros.
Marlon: Se os zumbis não nos alcançarem e eles precisarem nos ajudar tá tudo bem.
Yan estava terminando de colocar as malas no carro junto com Felipe, quando eles entraram um zumbi caiu em cima do capo do nosso carro.
Lucas: Cebo nas canelas Jinghua.
Jinghua Xu acelerou o carro, ao mesmo tempo em que aquele garoto chinês acelerou. O zumbi caiu do nosso carro, e os carros corriam para escapar dos zumbis e desviar dos outros carros no caminho.
Volta e meia alguém olhava pra trás, mais não havia mais nenhum zumbi nos seguindo. Andamos mais ou menos uns 50 quilômetros até virar à esquerda e andar mais uns seiscentos metros e parar no quintal de uma casa.
Jinghua Xu: Chegamos.
A casa na era tão grande do lado de fora. Todos saíram do carro.
Alice: Casinha bonita.
Jinghua Xu: Obrigada.
Lucas: Aqui é seguro?
Yooji: Sim.
O terreno era aberto, com plantações de café por toda a extensão da área, até perto do aeroporto. Lucas, Yan e Yooji tiravam as malas dos carros.
Ana: Marlon, sua bolsa.
Não acredito. Eu havia me esquecido completamente. Minha bolsa que ficou no carro que capotou.
Marlon: Que bom que vocês trouxeram.
Yan: Pessoal, vamos entrar. Lá dentro podemos bater papo o quanto quisermos.
Sem mais ninguém dizer nada, fomos chegando perto da casa. Jinghua Xu ia à frente, chamando pelo seu pai.
Jinghua Xu: Pai… pai… PAI.
A porta se abriu e uma pessoa de estatura mediana, com a barba mal feita e cabelos desarrumados apareceu para nós. Ele usava uma roupa linda daqueles samurais de antigamente.
???: O que aconteceu?
Yooji: Muita coisa, senhor Xiao.
Marlon: O que? Xiao? O senhor por acaso é parente de alguma Ling Xiao?
Jinghua Xu: Era minha tia.
Senhor Xiao: Como a conheceu?
Marlon: Ela estava sentada na poltrona ao lado da minha no avião de ontem. Era uma senhora simpática.
Yooji: Você quer brincar conosco?
Yan: O que foi?
Jinghua Xu: Minha tia morreu há três anos.
Lucas: O que?
Marlon: Mas…
Senhor Xiao: Ás vezes você só confundiu. Existem muitas pessoas com o nome de Ling Xiao.
Felipe: Existiam.
Senhor Xiao: Exatamente.
Marlon: Ela disse que a filha dela, estava com medo, porque estava tendo ataque terrorista, e a filha dela ia buscá-la no aeroporto.
Jinghua Xu: Pai… a Gunya.
Senhor Xiao: Quem é você garoto?
Todos estavam parados olhando pra mim, eu não sabia o que fazer. Apenas fiquei firme olhando diretamente para o senhor Xiao.
Alice: Marlon, como você sabia de tudo isso?
Marlon: Ela sentou do meu lado. E conversou comigo.
Senhor Xiao: Não. Não pode ser.
Yan: Porque você está assim?
Jinghua Xu: Calma pai.
Senhor Xiao: Gunya era filha de Ling Xiao. E morreu quando teve um ataque de terroristas, ela levou uma bala perdida.
Ana: Mais eu e Alice não vimos senhora alguma do lado de Marlon.
Yan: Mais eu vi. E estava sentado no meio de vocês.
Lucas: Isso aqui é Arquivo Morto agora?
Felipe: Estranho!
Marlon: Eu juro, ela era de carne e osso.
Senhor Xiao: Por acaso ela não falou que você tinha alma de chinês ou algo assim não né?… Espero que não.
Tiemi: Por quê?
Senhor Xiao: Nem queira saber.
Agora fiquei traumatizado, o que tinha haver uma coisa com a outra?
* * * *
Ling: Que bom! Poderia existir mais garotos como você. Você tem alma de chinês.
Marlon: Haha. Seria bom se isso fosse verdade. Mais seria melhor ainda, eu ter olhos puxados. Eu como sou não consigo ninguém.
* * * *
Yan percebeu que eu fiquei amedrontado com aquilo.
* * * *
Marlon: Ela não, mais a filha dela não é problema.
Yan: Você não perdoa uma né?
Marlon: Cara, que eu vou fazer? E outra: a senhora Ling disse que eu tenho alma de chinês.
Yan: Nossa. Então você tá de olho na filha dela.
Marlon: Deixa pra lá…
* * * *
Senhor Xiao entrou pra dentro e o pessoal começou segui-lo. Caramba, agora eu estava realmente ferrado.