21 de outubro de 2011

Personagem 9


PERSØNAGEN 9
Nome: Fernando Faria
Descrição Mental: Observador e persuasivo.
Descrição física: Com o cabelo preto e curto, ele é do tipo físico médio e tem 1,70m.
Como ficou sabendo do Apocalipse: Estava viajando a trabalho para China, e estava no mesmo Cruzeiro que Lucas e As meninas.
Idade: 20 anos.
Passatempo: Ler um bom livro.
Defeitos: Frieza e Superioridade.
Qualidades: Proteger os amigos sempre.
Manias: Sumir às vezes pra pensar na vida e não avisar ninguém.
Armas: Espada.
Nunca sai sem seus (as): GPS, celular e Notebook.

Personagem 8


PERSØNAGEN 8
Nome: Lucas Muniz
Descrição Mental: Inteligente, frio e calculista
Descrição física: Alto, magro, lutou Karatê e jiu-jítsu.
Como ficou sabendo do Apocalipse: Estava viajando em um Cruzeiro convidado por suas amiga, Melissa e Valle, e quando chegou a China, alguns passageiros do cruzeiro começaram a “mudar”.
Idade: 17 anos.
Passatempo: Tocar violão.
Defeitos: Tem o pavio curto e faz brincadeiras em horas erradas.
Qualidades: É leal aos seus amigos e não tem medo de nada.
Manias: Assustar as pessoas.
Armas: Clava
Nunca sai sem seus (as): Anéis e palheta da sorte.
           

Capítulo 11


CØNSEQUÊNCIAS
Nós estávamos quase chegando ao navio, os mortos-vivos vinham atrás quase nos alcançando. Eu estava quase sem fôlego, quando vimos apenas uma escada feita de corda… (tipo aquelas que jogam dos helicópteros quando se está em uma cena de fuga)… a escada estava lá, sem nenhum sangue nem nada.
Marlon: Vamos… Subir.
Não conseguia falar e correr ao mesmo tempo, estava muito cansado. Pra subir por aquela corda no navio era difícil. Mais eu agarrei uma ponta e Lucas outra, subimos correndo. Os zumbis vinham e de primeira pegaram com facilidade nossos pés.
Marlon: Se sacode mais não deixa eles te morderem.
Lucas: Ok.
Sacudi meu pé ao máximo pra nenhum deles conseguirem pegar, mais sentia várias mãos em meus pés mais nenhuma conseguia agarrá-lo.
Marlon: Que droga, esse navio tinha que ser tão grande?
O navio parecia ter uns cinco a dez metros de altura em que a escada estava jogada. Era uma das menores partes do navio…
Lucas: Me ajuda.
Marlon: O que?
Olhando pra baixo, Lucas estava sendo puxado pelos zumbis que já tinham pegado seus pés até na altura dos tornozelos.
Marlon: Tá de sacanagem…? Não acredito!
Lucas já estava sem chances de ser salvo. Seus joelhos já eram facilmente alcançados pelos zumbis.
Marlon: Caramba, só falta eu morrer agora subindo essa escada. Lá em cima deve tá cheio de zumbis.
Eu vou arriscar, eu não posso cair lá embaixo. Não posso. Continuei subindo.
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Chegando perto do carro aberto, eu não vi sangue, não vi parte de corpos e nem corpos.
Felipe: Pronto. Eles não estão mortos.
Alice: Espero que não.
Yan: Yooji. Você vai me levar até esse porto, eles devem estar precisando de ajuda.
Yooji: A Jinghua Xu também sabe onde fica.
Jinghua Xu: Seu medroso.
Ana: Vamos nós todos.
Yan: Eu acho melhor…
Alice: Nós vamos e ponto.
Yan: Ok então. Yooji… vá á frente!
Yooji: É por aqui.
Yooji começou a caminhar e nós fomos seguindo-o, logo ele entrou no meio do mato. Que bom que eles não morreram ali. Agora teríamos alguma oportunidade de encontrá-los vivos, e voltar pra casa dos parentes de Yooji.
Felipe: To ficando com fome.
Alice: Agora agüenta.
Andamos muito no meio daquele mato, até que Yooji parou.
Yooji: É ali.
Yooji estava meio que parado olhando alucinado pro lugar… depois que eu olhei vi o porquê da sua expressão.
Yooji: Agora…
Felipe: Cacetada. Você deve tá brincando se está pensando que nós vamos passar por eles.
O porto estava infestado igual festa no apê do Latino, nós estávamos em muita desvantagem. Tínhamos que… Não! Eu tinha que pensar em algo.
Yan: Galera, to pensando em algo.
Alice: Rápido.
Olhando para toda aquela multidão de zumbis, meu cérebro começou a raciocinar e eu pensava em um plano kamikaze.
Yan: Pronto!
Ana: Fala.
Yan: Vamos ter que lutar com eles. Cada um tem uma arma, vamos lá galera.
Felipe: Você tá louco?
Yooji: Sério?
Alice: Não tem outro jeito?
Yan: É isso, ou virarmos covardes e ir embora.
Jinghua Xu: Então vamos lá.
Yan: Calma, já sei como podemos fazer. Felipe, Alice e Jinghua Xu vão para o outro lado, e o resto vão por aqui mesmo. Vamos ter que atacá-los com tudo.
Yooji: Então vamos fazer isso logo!
Yan: Vamos agora!
Enquanto eu e Yooji e Ana ficávamos esperando os três pegarem distancia de nós, fomos devagar e sem barulho. Logo eles fizeram um sinal positivo, e começamos a atacar aqueles zumbis.
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Puxei a escada pra nenhum zumbi querer bancar o inteligente e subir. Deixei ali do lado no chão do navio, e o estranho é que não tinha nenhum zumbi, apesar de muito sangue no chão.
???: Entre no navio.
A mulher da noite passada estava ali na porta do navio.
Marlon: Você de novo? O que quer? Como passou pelos zumbis?
???: Entre e siga pelo corredor. Vire à direita. E entre na segunda porta.
Marlon: Se você não é humana… É só minha imaginação. Você não é real. Você não é real.
???: Frase de filme não adiantará. Não quero te machucar.
Marlon: Freddy Krueguer também se disfarçava.
???: Você não está dormindo. Você precisa fazer o que falei, vire à direita e entre na segunda porta.
Marlon: Vou fazer o contrário.
Ela abaixou a cabeça, e seu rosto parecia triste.
???: Não faça isso… bom… a decisão é sua.
Eu olhei fixamente pra ela, e quando eu não conseguia mais ficar sem piscar… eu pisquei e ela sumiu.
Marlon: Caramba, eu tenho que ficar mais atento.
Comecei a andar até a porta em que a mulher estava, olhei para dentro e estava claro, era um corredor e lá na frente tinha os corredores que atravessavam esse. Será que ela é aquela mulher do aviso? É claro a lenda. A mulher sofre um acidente e tá com um filho ou filha, sua alma sai pedindo ajuda. Só pode. É ela sim, às vezes ela tá com a filha dela dentro da sala e tá precisando de ajuda. Eu vou lá pra ver.
Marlon: Espero que eu esteja certo.
Fui andando com cuidado empunhando minha raquete, o corredor estava cheio de portas… quando chegou ao local que eu deveria virar para direita, eu hesitei… será que eu devia confiar em… em alguém que até agora parecia ser uma ilusão da minha mente?
Marlon: Não se pode viver com medo! Não se pode viver com medo! Vamos lá Motoqueiro fantasma.
Virei à direita, eu poderia morrer. Mais só seria algo que eu anteciparia. Minha morte. E pra minha sorte sem nenhum zumbi, continuei andando e cheguei à segunda porta e a abri sem demora.
Quando olhei a sala… um caos de morte, sangue, corpos, e pegadas, pegadas de duas pessoas marcadas no sangue no chão. Havia uma porta á minha frente do outro lado da sala, onde as pegadas acabavam e eu ouvia gemidos.
???: Que bom que me ouviu.
Olhei pra frente e perto da porta que as pegadas acabavam, a mulher estava lá.
Marlon: Você quer me matar? Pelo barulho… do outro lado da porta tem zumbis, eles estavam aqui.
???: Acho melhor você abrir a porta.
Marlon: Nem a pau.
???: Do lado esquerdo, tem muitos zumbis chegando aqui.
Fui até a porta em que entrei e quando vi havia muitos zumbis chegando até a porta em que eu estava. Alguns usavam uniformes de marujos.
Marlon: Droga!
Puxei a porta com todas as forças e a fechei, só conseguia ouvir os zumbis batendo na porta, e a mulher dando uma pequena risadinha.
Marlon: O que você vai ganhar me matando?
???: Quem disse que eu to ganhando?
Marlon: E então?
???: Você pode salvar vidas. Você tem que correr.
Marlon: Eu sabia. Haha.
???: Pegue aquilo.
Disse ela apontando para um canto do outro lado da sala que ficava nas minhas costas, eu olhei e não havia nada, a não serem dois sapatinhos de crianças. Estava jogado ali, eu os peguei e enfiei no bolso da calça e quando olhei para frente, a mulher havia sumido. Eu fiquei parado em frente à porta que vinha os barulhos daquelas criaturas.
Marlon: Hora de enlouquecer ou emudecer!
Preparei a raquete e abri a porta… o interior da sala em que eu abri a porta era muito maior da que eu estava, era como se fosse um salão de festas. Os zumbis estavam se amontoando em algo que eu não conseguia ver.
Marlon: EI. SEUS OTÁRIOS, COMIDA BRASILEIRA AQUI. VENHAM.
Eles começaram a vir pra cima de mim, eu estava muito ruim pela morte de Tiemi e ia fazer todos eles pagarem.
Começaram a correr em minha direção, eu estava um pouco com medo, porque nunca havia visto tantos juntos em um lugar pequeno. Eu simplesmente saí dando pancada em todos, percebi que o local onde eles estavam amontoados havia cinco pessoas… uma delas era uma garotinha de pouca idade… uns cinco anos. E entre eles haviam dois caras lutando, um usava uma clava e o outro uma espada, e duas meninas cuidando da garotinha encolhidas em um canto.
???: Vamos acabar com todos eles.
???: É pra já.
Marlon: Vocês me pagam seus canibais de uma figa.
Apesar de serem muitos, eles não se moviam tão rapidamente como os zumbis das ruas. E eu tirava proveito disso.
Depois de algum tempo chutando bolas infectadas e dando raquetadas em cabeças, conseguimos nos livrar de todos eles.
Eles olhavam pra mim, e eu pra eles. Estávamos muito distante. Eu fui dando alguns passos até eles, quando fui reconhecendo os rostos.
Marlon: Lucas?
Lucas: Marlon?
Marlon: Fernando?
Fernando: Marlon?
Fernando e Lucas eram dois amigos meus. Fernando morava em Goiás, já Lucas morava em Curitiba como eu, mais em bairro diferente. Éramos amigos a algum tempo já.
Marlon: Quem diria que eu teria que vir pra China pra encontrá-los. Haha.
Percebi que uma garota se levantou do lugar em que elas estavam e veio correndo em minha direção. Era Melissa!
Melissa: Marlon… ainda bem. Senti sua falta.
Melissa, ou mel, como Lucas a chama, é a amiga do Lucas de longa data. Lucas me apresentou ela em uma balada Teen que aconteceu há algum tempo. Com ela vieram recordações que eu não queria lembrar.
Marlon: Melissa? Você está bem? É porque, como você pode sentir tanta falta minha?… agente mal se falou naquela balada, e…
Melissa: O Lucas me contou o que você falava pra ele.
Marlon: O Lucas?
Lucas: De nada.
Marlon: Olha Melissa, calma aí ok? Vamos sair daqui e depois conversamos.
Melissa: Tudo bem.
Lucas: Marlon… a Valle também está aqui.
Olhei para o canto em que Melissa tinha saído e a vi com uma garotinha no colo.
Valle: Oi.
Fernando: A garotinha no colo da Valle é a Pan. Ela era a filha do capitão do navio.
Valle é a amiga de Lucas e Melissa. Também conheci naquela balada.
Lucas: Agora, Marlon como você veio parar aqui?
Marlon: Longa história.
Fernando: Conte-nos.
Nós nos sentamos no chão para ouvir como eu tinha chegado ali, Melissa sentou do meu lado, e percebi que Lucas estava grudado com Valle, eu contei tudo para eles: desde quando cheguei de avião aqui na China.
Lucas: O Yan tá aqui?
Marlon: Sim. E vocês? Como chegaram aqui?
Fernando: Bom… Acho que tudo começou quando pegamos o mesmo cruzeiro. Eu estava trabalhando em uma empresa e tirava fotografias pra ela, eu tinha que vim tirar fotos de paisagens aqui na China. Estávamos bem sossegados no cruzeiro e quando estávamos chegando há uns 10 quilômetros que chegar aqui no porto eu percebi a movimentação, saí da minha cabine, e vi todos virados zumbis e se comendo.
Marlon: Ok. E Lucas, como você veio nesse cruzeiro?
Lucas: A Valle me convidou.
Marlon: Ah, tá.
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Estávamos muito cercados perto do navio, Ana, Yooji, Alice e Jinghua Xu estavam exaustos, Felipe e eu não estávamos, mais não era o mesmo pique do começo.
Yan: Vamos… continuar galera… não podemos desistir.
Eu dizia em meio a um ataque ou outro aos zumbis que eu atacava.
Ana: Eu não… consigo mais.
Felipe: Você tem que continuar!
Felipe estava tranqüilo, parecia que era fácil. Mais Ana parecia que a qualquer hora iria se entregar.
Jinghua Xu: Cansei.
Não! Jinghua Xu tinha entregado os pontos, ela simplesmente parou de lutar.

17 de outubro de 2011

Capítulo 10


A CAMINHO DO OUTRØ LADO DA ILHA
Alice: CHEEGA!
Alice estava na escada olhando para nós dois que paramos com o ataque de imediato.
Alice: Porque isso?
Marlon: Ele mentiu, aqui não tem telefone público.
Alice: Sério?
Yooji: Sim.
Alice parecia amistosa a mim, mais logo seu coração falou mais alto.
Alice: Já chega. Marlon venha, vamos dormir.
Marlon: O que?
Yooji: Vou continuar a vigia.
Eu na podia acreditar. Alice não se importava com sua família? Não queria noticias? Azar dela.
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Nós havíamos juntado os beliches, e era como se fosse o beliche de uma cama de casal, Felipe e Ana dormiram em cima, Yan e eu ficamos em baixo. Eu preferi assim. Estava com saudades do meu pai, Yan estava dormindo, e eu sem querer comecei a chorar baixinho.
Jinghua Xu: Pai… porque tinha que ser assim?
Yan: Não chore… se acalme. Acho que seu pai não gostaria de vê-la assim.
Yan tinha acordado. Coitado.
Jinghua Xu: Desculpa por te acordar.
Yan: Não tem nada.
Jinghua Xu: Eu queria é poder ter meu pai aqui.
Yan: Seria bom se todos tivessem o que quisessem.
Jinghua Xu: Bem que podia ser assim.
Yan: Tente dormir, se acalme.
Eu não conseguia parar de chorar. Yan bem vagarosamente veio muito perto de mim e me abraçou. Eu também o abracei e ainda chorando eu o beijei no rosto e fui até sua orelha.
Jinghua Xu: Obrigado Yan. Por tudo. Você é demais.
Yan: Só faço isso porque gosto… Bom,… é… porque gosto de ajudar as pessoas.
Será que o Yan ia dizer que gosta de mim? Fiquei na dúvida, dei outro beijo nele e tentei dormir.
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Acordei ás seis horas da manha. O pessoal ainda dormia. Ana dormia abraçada comigo. Eu me afastei lentamente retirando os braços dela de mim, e sorri quando ela se agarrou ao travesseiro. Ela era tão linda.
Fui até o banheiro dar uma lavada no rosto e fazer as necessidades básicas do ser humano. Depois disso voltei no quarto e peguei meu machado e logo desci até a cozinha, e no caminho da sala vi que Lucas estava de vigia.
Felipe: Bom dia.
Lucas: Bom dia.
Chegando a cozinha, abri a geladeira e não vi muita coisa além de uma jarra de água gelada. Tomei um pouco de água, e sai pra fora pela porta da cozinha e comecei a me alongar. Era incrível como não tinha nenhum zumbi por aqui.
Enquanto fazia alguns alongamentos pensava sobre tudo o que estava acontecendo: mortes, zumbis, e tudo mais.
Lucas: Ei cara. Marlon acordou. Ele está te chamando.
Dizia Lucas aparecendo na porta.
Felipe: Estou indo.
Terminei mais alguns alongamentos, e logo entrei pra falar com Marlon, ele estava na cozinha, sentado com a raquete em cima da mesa e parecia estar muito nervoso.
Marlon: Aí cara, eu to indo pro outro lado dessa ilha, você vai?
Felipe: Porque tá indo pra lá?
Marlon: Lá deve ter telefone… aqui não tem. E eu to louco pra saber da minha família. E essa ilha tem um porto que tem parada para navios de turistas. Com certeza deve ter telefone lá.
Felipe: Você já falou com Yan?
Marlon: Nem vou falar. Eu vou e estou te chamando, se não quiser ir, eu levo o Lucas.
Lucas entrou na hora com sua distração.
Lucas: O que?
Felipe: Cara eu…
Marlon: Ok fique aí, Felipe. Vamos comigo pro outro lado da ilha?
Lucas: Pra que?
Marlon: Lá tem telefone, preciso ir falar com minha família.
Lucas: Já é.
Marlon: Beleza, Felipe… ah, você tá de vigia.
Sai da casa pela porta da cozinha, Lucas vinha atrás cantando. Enquanto dávamos a volta na casa pra chegar aos carros, resolvi saber o que havia com ele:
Marlon: O que aconteceu? Que você está nessa felicidade?
Lucas: Estou vivo.
Marlon: Só isso?
Lucas: Sim.
Entramos no carro, deixei a raquete do lado do freio de mão, e dei partida. Logo peguei a estrada que tinha ao lado oposto da ponte, no começo não havia zumbis… mais depois de uns 30 quilômetros começava cada vez mais aparecer zumbis.
Fui parando o carro e só havia mato em volta.
Marlon: Vamos ter que ir andando. Ou correndo.
Lucas: Por quê?
Marlon: Cada vez mais que aparece zumbis, menos a chance de sairmos vivos do carro.
Lucas: Entendi.
Entramos no mato, mas ficamos perto da estrada, e fomos seguindo até onde ela ia. Depois de alguns minutos, eu percebi que essa caminhada seria muito longa.
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Estava sendo sacudido por alguém, no susto e abrindo os olhos… era Yan me sacudindo pra eu acordar.
Yooji: O que aconteceu cara?
Yan: O Marlon e o Lucas foram pro outro lado da ilha.
Yooji: Sério?
Yan: Muito sério. Vamos, levanta!
Yooji: Você tá querendo ir pra lá?
Yan: O que você acha?
Yooji: Bom, eu tenho um joguinho de sumo no X Box.
Yan: Levanta e vamos.
Eu me levantei cheio de preguiça, Yan havia saído do quarto. Fui até o banheiro pra fazer as necessidades e passar uma água no rosto e na boca, logo fui até a sala… e estavam todos reunidos, Yan e Jinghua Xu sentados num canto, Felipe e Ana em outro canto e Alice no meio deles.
Yooji: O que vocês…?
Alice: Vamos atrás do Marlon.
Yooji: Ele provavelmente pode estar morto. O Lucas também.
Ana: O que?
Jinghua Xu: A outra parte da ilha é o porto dos turistas, um porto que os navios faziam cruzeiros. Direto vinha turistas pra cá.
Yan: Então quer dizer que lá tem um navio com quinhentos ou mais zumbis e aqueles dois estão indo direto pra lá?
Yooji: … Literalmente… isso mesmo!
Yan mudou a expressão de uma forma drástica.
Yan: Porque ele foi para o outro lado da ilha? Algum de vocês sabe o motivo?
Yooji: Queria muito saber.
Yan olhou para cada um, Alice e Felipe olharam pra mim. Alice logo olhou para outro lado, mais Felipe continuou olhando.
Yan: Então… ninguém sabe?
Felipe: Não Yan.
Yan: Ótimo. Vamos pro carro.
O pessoal todo foi de uma vez, Alice foi à única que ficou me esperando.
Yooji: O que foi?
Alice: O que foi? Você sabe o que foi.
Yooji: Que eu saiba você também não falou nada.
Alice: Queria saber por que você não falou nada.
Yooji: Eles devem estar mortos.
Alice: E você diz isso na maior tranqüilidade?
Yooji: Você quer que eu faça o que?
Alice: Porque não os impediu?
Yooji: E como eu ia saber que eles iam pra lá?
Alice se virou de costas e foi saindo da casa.
Yooji: Droga!
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Marlon: Lucas olha aquilo.
Eu disse apontando para frente. O porto estava a nossa frente, parecia que era muito bonito apesar de estar todo destruído e cheio de zumbis.
Lucas: “Bora” pra lá.
Marlon: Nós vamos ter que lutar bastante.
Lucas: Eu sei. Vamos logo.
Marlon: Ok. Cara, se eu morrer, eu quero deixar claro, que eu infelizmente ainda sou virgem. E se eu morrer, eu vou reclamar com Deus.
Lucas: Hehe, nessa parte eu to sossegado. Então eu posso morrer.
Marlon: Pode não. Aí, pra ficar mais fácil, vamos correr e entrar em um daqueles navios.
Lucas: Tá.
Fomos indo de vagar com o máximo de cuidado e até aonde podíamos ir sem que nenhum zumbi nos visse. Quando não tinha mais jeito… Saímos correndo!
Era morto-vivo de tudo quanto é canto, eu e Lucas limpávamos apenas o caminho pra entrar no navio… confesso que estava com medo, desde quando cheguei aqui fiquei com medo, mais dessa vez eu deixava transparecer o medo.
Marlon: Vamos logo pra lá.
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Entramos no carro e Yan arrancou com o carro. Ele estava muito preocupado com Marlon e com Lucas.
Felipe: Yan vai com calma.
Alice: Calma nada… enfia o pé Yan.
Eu não conseguia pensar quando ficava nervoso. Ninguém falou mais nada, apena ficaram quietos. Eu percebi que depois de algum tempo, a estrada que não tinha nenhum zumbi, começou a ter alguns zumbis, e em todos os quilômetros à frente eram mais e mais zumbis. Logo em uma curva, vimos o carro que Marlon e Lucas usaram parado com as portas abertas.
Ana: Eles morreram?
Jinghua Xu: Acho que não.
Felipe: Ou…
Yan: Nem termine a frase.