FINALMENTE GOIØERÊ
Recobrando a consciência, eu não conseguia abrir os olhos.
???: O nome dele é Marlon Oliveira dos Santos, é daqui mesmo e seus pais são…
Não conseguia ouvir nada, e nem me concentrar em pensamentos. Como eu estava caindo de novo em sono… resolvi colocar a imagem da Amanda na cabeça.
Marlon: Amanda… Amanda… Amanda…
Eu estava conseguindo falar dentro da minha cabeça. Mais o sono me pegou de jeito.
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Acordei sentindo nas mãos uma coisa boa… Era um gramado. Abri os olhos e vi o céu azul sem nuvem alguma.
Yan: Será que tudo foi um pesadelo?
Eu me levantei de onde estava e á minha frente via um campo florido, e olhando pra trás, vi o avião e o celeiro. Não foi um sonho.
Andei até o avião… e do avião fui até ao celeiro…, atrás do celeiro onde o avião estava, havia uma enorme janela… eu andei até a frente do celeiro e estava com as portas fechadas. Fiz um esforço e consegui abrir aquela porta que pesava bastante. Quando olhei pra dentro e todos estavam caídos lá.
Yan: Ei, pessoal. Acordem.
Eu fui diretamente a Jinghua Xu.
Yan: Jinghua… acorda.
Ela abria os olhos como se estivesse em casa e com preguiça de levantar.
Jinghua Xu: Que horas são?
Yan: Não sei, mais precisamos andar logo.
Jinghua Xu: Eu vou acordar os outros.
Yan: Eu vou ficar ali na porta pra ver se não aparece nenhum zumbi.
Jinghua Xu: Tá.
Fui pra porta do celeiro e fiquei olhando para todos os lados.
Lucas: Bom dia cara.
Yan: Bom dia. Você tá bem?
Lucas: Apenas com um pouco de dor de cabeça.
Yan: Ah… sinto muito pela Valle.
Lucas: Que nada. Bem feito. Ela não quis me trair?
Yan: Ok então.
Lucas: Parece que todos já acordaram.
Lucas e eu fomos até os outros que se levantavam do chão.
Mel: Olha. Vem vindo alguém lá.
Direto já apontei a arma pra criatura que vinha ao longe. E Lucas bateu na minha mão. Fazendo assim eu abaixar a arma.
Lucas: Vai que é pessoa normal?
Quando chegava perto de nós… vimos que não era nada além de um garotinho. Eu guardei a arma na cintura e cobri com a camiseta.
???: Oi. O que fazem aqui no meu celeiro? Vieram roubar?
Yan: Não. É que…
Lucas: Sou da policia. E viemos atrás de dois fugitivos.
???: Sério? Que legal… e… eles estão dentro do avião grandão ali fora?
Lucas: Sim. Precisamos enterrá-los. Você arruma uma pá pra gente?
???: E o que eu ganho com isso?
Lucas: Se você nos arrumar uma pá e emprestar um carro só pra gente chegar à cidade eu te dou o avião.
???: Nossa… sério? Imagina eu, Jeremias, com um avião só meu.
Lucas: Então corre buscar duas pás.
???: Tá bom. Não saiam daqui hein.
Yan: Pode deixar.
O garotinho foi correndo até que sumiu.
Yooji: Garoto esperto.
Alice: Não acredito que vocês mentiram pra ele. É só uma criança.
Lucas: Não vai fazer mal algum.
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Estava conseguindo recobrar a consciência novamente. Dessa vez eu consegui abrir os olhos, fiquei mais ou menos 20 minutos deitado na cama até perceber que não ia dormir de novo. Eu me levantei e sentei na cama, estava em um hospital. Olhei em volta e estava de dia ainda, mais faltava pouco pra escurecer. Umas duas horas ainda no máximo!
Marlon: Onde será que eu to?
Olhei em meu braço e eu tava levando soro, ou sei lá o nome daquilo. Eu arranquei do meu braço e fiquei de pé. Eu estava usando aquele vestido de hospital horrível que era aperto na parte da bunda.
???: Você tem que ir.
Aquela mulher de novo havia aparecido pra mim.
Marlon: Jura? Com tudo lá fora cheio de zumbis?
???: Por enquanto não tem zumbis. Confie em mim. Como da última vez.
Marlon: tá. Então me diga onde estão minhas coisas.
Ela andou pra perto de mim, e apontou para o lugar que ela estava.
???: Na segunda gaveta.
Fui até lá e achei minhas roupas e pra piorar tinha acabado de me lembrar:
Marlon: Droga, minha raquete já era.
???: Posso procurar ela pra você.
Marlon: Pode?
???: Sim.
Marlon: Dá licença? Preciso me vestir.
???: Ok. Mais se lembre. Seu relógio voltou a funcionar. E você precisa sair daqui antes de anoitecer.
Marlon: Por quê?
???: Só faça o que falei.
Antes de eu poder falar algo ela sumiu. Eu me vesti e logo estava pronto pra outra. Meu relógio marcava 18h00min. Estávamos em horário de verão. Porque só no horário de verão que demorava pra anoitecer.
Marlon: Preciso saber onde eu estou.
???: Pronto, já se vestiu. Eu vou te guiando até chegar lá fora. Aí é com você. Você vai saber se virar.
Marlon: O que?
Novamente ela havia sumido. Eu abri a porta lentamente e ainda pela fresta não vi ninguém. Saí do quarto e fechei a porta. Olhando o lugar eu me lembrava de já ter estado ali, mais não me lembro como ou quando.
???: Siga reto e vire à direita.
Olhei para todos os lugares e não a vi.
Marlon: Onde você está?
???: Na sua cabeça. Agora faça o que falei. Rápido. O médico que cuida de você já está vindo.
Marlon: Ok.
Ela foi me guiando e a cada corredor eu sentia uma dor na cabeça e quando vi a saída me esbarrei em um médico. Seu nome era Cláudio da Silva.
???: Posso ajudá-lo?
Marlon: Não. Desculpe.
???: Não era pra você estar na cama?
Marlon: Haha. Que isso doutor. Eu vim visitar meu avô.
???: Quem é seu avô?
Marlon: Ah…
???: Doutor Cláudio… precisamos urgentemente do senhor no quarto 09. O seu paciente está tendo convulsões.
???: Ok. Vamos pra lá. E você me espere aqui.
Marlon: Ok.
Que esperar o que. Fui andando rapidamente para a saída.
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Estávamos terminando de fechar o buraco no qual enterramos Valle e Nakamura. O pessoal estava no carro, era uma pampa. Estavam me esperando. E o garoto brincando no interior do avião.
Lucas: Yan… pergunta pro garoto se ele não arruma um mapa pra gente.
Yan: Tá.
Vi Yan subir no avião e estava terminando de encher o buraco. Quando eu estava voltando a encher, Valle e Nakamura se levantaram.
Lucas: Tá brincando comigo.
Jinghua Xu: Viraram zumbis?
Ana: Não. Eles ressuscitaram.
Alice: Claro que viraram zumbis.
Atirei na cabeça dos dois. Quando terminei vi Yan e o garotinho descer do avião que correu pra casa. Yan se apoiou no carro e sorriu.
Yan: Pronto!
Estávamos todos no carro pronto pra ir pra cidade onde quer que seja.
???: Tá aqui o mapa.
Yan pegou o mapa.
???: Nós estamos á uns 50 km de Cruzeiro D’Oeste.
Ana: Onde estão seus pais?
???: Minha mãe é enfermeira e meu pai trabalha no mercado. Eles só voltam à noite. E eu vou pra escola de manhã e fico a tarde inteira aqui brincando.
Alice: Não fica ninguém aqui cuidando de você?
???: Fica.
Alice: Ah, tá.
???: Os empregados da fazenda. Eles são bem gente boa.
Entrei no lugar do motorista no carro, e Yan no de passageiro.
Lucas: Nós já vamos.
Yan: Obrigado por tudo.
???: Que isso. Obrigado vocês.
Lucas: E sempre se lembre: O crime não compensa.
???: Sim.
Dei partida e pegamos uma estradinha de barro. Estava muito quente, sem dúvida a temperatura era algo ruim. Bom por um lado… mas ruim. Eu preferia frio e chuva.
Logo entramos na rodovia. Vi uma placa lá que me fez ficar de sorriso em pé.
Fernando: Goioerê há uns 100 km.
Jinghua Xu: Será que Marlon está lá?
Alice: A pergunta é: será que ele conseguiu chegar vivo lá?
Yan: Sim. Temos que ser otimistas.
Luca: Isso aí.
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Antes de chegar à porta do hospital pra sair pra fora. Me bateu uma fome.
Marlon: Dá vontade de voltar e ficar no quarto esperando o rango.
???: Vamos logo. Senão não ajudo mais.
Marlon: Ok. Eu só tava brincando.
Disse olhando pra frente. Reparei que havia alguém me olhando… quando olhei pro lado esquerdo, havia um velinho sentado me olhando.
Marlon: Oi.
Nem me respondeu. Que velinho sem educação. Mais também ele deve achar que sou maluco falando sozinho. Haha. To nem aí.
Continuei andando em direção a saída e quando saí… eu conseguia me lembrar daquele lugar, mais não sabia onde estava. Fui até o outro lado da rua e olhei pro hospital.
Marlon: Hospital Santa Casa.
Não acredito!
Marlon: Já sei onde eu estou.
Finalmente. Finalmente cheguei.
Marlon: Cheguei a Goioerê. Ufa!