4 de novembro de 2011

Temp 2 - Capítulo 01



FINALMENTE GOIØERÊ
Recobrando a consciência, eu não conseguia abrir os olhos.
???: O nome dele é Marlon Oliveira dos Santos, é daqui mesmo e seus pais são…
Não conseguia ouvir nada, e nem me concentrar em pensamentos. Como eu estava caindo de novo em sono… resolvi colocar a imagem da Amanda na cabeça.
Marlon: Amanda… Amanda… Amanda…
Eu estava conseguindo falar dentro da minha cabeça. Mais o sono me pegou de jeito.
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Acordei sentindo nas mãos uma coisa boa… Era um gramado. Abri os olhos e vi o céu azul sem nuvem alguma.
Yan: Será que tudo foi um pesadelo?
Eu me levantei de onde estava e á minha frente via um campo florido, e olhando pra trás, vi o avião e o celeiro. Não foi um sonho.
Andei até o avião… e do avião fui até ao celeiro…, atrás do celeiro onde o avião estava, havia uma enorme janela… eu andei até a frente do celeiro e estava com as portas fechadas. Fiz um esforço e consegui abrir aquela porta que pesava bastante. Quando olhei pra dentro e todos estavam caídos lá.
Yan: Ei, pessoal. Acordem.
Eu fui diretamente a Jinghua Xu.
Yan: Jinghua… acorda.
Ela abria os olhos como se estivesse em casa e com preguiça de levantar.
Jinghua Xu: Que horas são?
Yan: Não sei, mais precisamos andar logo.
Jinghua Xu: Eu vou acordar os outros.
Yan: Eu vou ficar ali na porta pra ver se não aparece nenhum zumbi.
Jinghua Xu: Tá.
Fui pra porta do celeiro e fiquei olhando para todos os lados.
Lucas: Bom dia cara.
Yan: Bom dia. Você tá bem?
Lucas: Apenas com um pouco de dor de cabeça.
Yan: Ah… sinto muito pela Valle.
Lucas: Que nada. Bem feito. Ela não quis me trair?
Yan: Ok então.
Lucas: Parece que todos já acordaram.
Lucas e eu fomos até os outros que se levantavam do chão.
Mel: Olha. Vem vindo alguém lá.
Direto já apontei a arma pra criatura que vinha ao longe. E Lucas bateu na minha mão. Fazendo assim eu abaixar a arma.
Lucas: Vai que é pessoa normal?
Quando chegava perto de nós… vimos que não era nada além de um garotinho. Eu guardei a arma na cintura e cobri com a camiseta.
???: Oi. O que fazem aqui no meu celeiro? Vieram roubar?
Yan: Não. É que…
Lucas: Sou da policia. E viemos atrás de dois fugitivos.
???: Sério? Que legal… e… eles estão dentro do avião grandão ali fora?
Lucas: Sim. Precisamos enterrá-los. Você arruma uma pá pra gente?
???: E o que eu ganho com isso?
Lucas: Se você nos arrumar uma pá e emprestar um carro só pra gente chegar à cidade eu te dou o avião.
???: Nossa… sério? Imagina eu, Jeremias, com um avião só meu.
Lucas: Então corre buscar duas pás.
???: Tá bom. Não saiam daqui hein.
Yan: Pode deixar.
O garotinho foi correndo até que sumiu.
Yooji: Garoto esperto.
Alice: Não acredito que vocês mentiram pra ele. É só uma criança.
Lucas: Não vai fazer mal algum.
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Estava conseguindo recobrar a consciência novamente. Dessa vez eu consegui abrir os olhos, fiquei mais ou menos 20 minutos deitado na cama até perceber que não ia dormir de novo. Eu me levantei e sentei na cama, estava em um hospital. Olhei em volta e estava de dia ainda, mais faltava pouco pra escurecer. Umas duas horas ainda no máximo!
Marlon: Onde será que eu to?
Olhei em meu braço e eu tava levando soro, ou sei lá o nome daquilo. Eu arranquei do meu braço e fiquei de pé. Eu estava usando aquele vestido de hospital horrível que era aperto na parte da bunda.
???: Você tem que ir.
Aquela mulher de novo havia aparecido pra mim.
Marlon: Jura? Com tudo lá fora cheio de zumbis?
???: Por enquanto não tem zumbis. Confie em mim. Como da última vez.
Marlon: tá. Então me diga onde estão minhas coisas.
Ela andou pra perto de mim, e apontou para o lugar que ela estava.
???: Na segunda gaveta.
Fui até lá e achei minhas roupas e pra piorar tinha acabado de me lembrar:
Marlon: Droga, minha raquete já era.
???: Posso procurar ela pra você.
Marlon: Pode?
???: Sim.
Marlon: Dá licença? Preciso me vestir.
???: Ok. Mais se lembre. Seu relógio voltou a funcionar. E você precisa sair daqui antes de anoitecer.
Marlon: Por quê?
???: Só faça o que falei.
Antes de eu poder falar algo ela sumiu. Eu me vesti e logo estava pronto pra outra. Meu relógio marcava 18h00min. Estávamos em horário de verão. Porque só no horário de verão que demorava pra anoitecer.
Marlon: Preciso saber onde eu estou.
???: Pronto, já se vestiu. Eu vou te guiando até chegar lá fora. Aí é com você. Você vai saber se virar.
Marlon: O que?
Novamente ela havia sumido. Eu abri a porta lentamente e ainda pela fresta não vi ninguém. Saí do quarto e fechei a porta. Olhando o lugar eu me lembrava de já ter estado ali, mais não me lembro como ou quando.
???: Siga reto e vire à direita.
Olhei para todos os lugares e não a vi.
Marlon: Onde você está?
???: Na sua cabeça. Agora faça o que falei. Rápido. O médico que cuida de você já está vindo.
Marlon: Ok.
Ela foi me guiando e a cada corredor eu sentia uma dor na cabeça e quando vi a saída me esbarrei em um médico. Seu nome era Cláudio da Silva.
???: Posso ajudá-lo?
Marlon: Não. Desculpe.
???: Não era pra você estar na cama?
Marlon: Haha. Que isso doutor. Eu vim visitar meu avô.
???: Quem é seu avô?
Marlon: Ah…
???: Doutor Cláudio… precisamos urgentemente do senhor no quarto 09. O seu paciente está tendo convulsões.
???: Ok. Vamos pra lá. E você me espere aqui.
Marlon: Ok.
Que esperar o que. Fui andando rapidamente para a saída.
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Estávamos terminando de fechar o buraco no qual enterramos Valle e Nakamura. O pessoal estava no carro, era uma pampa. Estavam me esperando. E o garoto brincando no interior do avião.
Lucas: Yan… pergunta pro garoto se ele não arruma um mapa pra gente.
Yan: Tá.
Vi Yan subir no avião e estava terminando de encher o buraco.  Quando eu estava voltando a encher, Valle e Nakamura se levantaram.
Lucas: Tá brincando comigo.
Jinghua Xu: Viraram zumbis?
Ana: Não. Eles ressuscitaram.
Alice: Claro que viraram zumbis.
Atirei na cabeça dos dois. Quando terminei vi Yan e o garotinho descer do avião que correu pra casa. Yan se apoiou no carro e sorriu.
Yan: Pronto!
Estávamos todos no carro pronto pra ir pra cidade onde quer que seja.
???: Tá aqui o mapa.
Yan pegou o mapa.
???: Nós estamos á uns 50 km de Cruzeiro D’Oeste.
Ana: Onde estão seus pais?
???: Minha mãe é enfermeira e meu pai trabalha no mercado. Eles só voltam à noite. E eu vou pra escola de manhã e fico a tarde inteira aqui brincando.
Alice: Não fica ninguém aqui cuidando de você?
???: Fica.
Alice: Ah, tá.
???: Os empregados da fazenda. Eles são bem gente boa.
Entrei no lugar do motorista no carro, e Yan no de passageiro.
Lucas: Nós já vamos.
Yan: Obrigado por tudo.
???: Que isso. Obrigado vocês.
Lucas: E sempre se lembre: O crime não compensa.
???: Sim.
Dei partida e pegamos uma estradinha de barro. Estava muito quente, sem dúvida a temperatura era algo ruim. Bom por um lado… mas ruim. Eu preferia frio e chuva.
Logo entramos na rodovia. Vi uma placa lá que me fez ficar de sorriso em pé.
Fernando: Goioerê há uns 100 km.
Jinghua Xu: Será que Marlon está lá?
Alice: A pergunta é: será que ele conseguiu chegar vivo lá?
Yan: Sim. Temos que ser otimistas.
Luca: Isso aí.
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Antes de chegar à porta do hospital pra sair pra fora. Me bateu uma fome.
Marlon: Dá vontade de voltar e ficar no quarto esperando o rango.
???: Vamos logo. Senão não ajudo mais.
Marlon: Ok. Eu só tava brincando.
Disse olhando pra frente. Reparei que havia alguém me olhando… quando olhei pro lado esquerdo, havia um velinho sentado me olhando.
Marlon: Oi.
Nem me respondeu. Que velinho sem educação. Mais também ele deve achar que sou maluco falando sozinho. Haha. To nem aí.
Continuei andando em direção a saída e quando saí… eu conseguia me lembrar daquele lugar, mais não sabia onde estava. Fui até o outro lado da rua e olhei pro hospital.
Marlon: Hospital Santa Casa.
Não acredito!
Marlon: Já sei onde eu estou.
Finalmente. Finalmente cheguei.
Marlon: Cheguei a Goioerê. Ufa!
2 TEMPORADA

31 de outubro de 2011

Capítulo 14 (season final)



Galera, resolvi fazer por temporadas..(ficará melhor, essa só terá 14 capítulos, porque estava com problemas de saúde..as próximas temporadas eu faço mais caps. promessa!) E Não se esqueçam.. Capítulo 1 próxima temporada...dia 4-11-11.. Com cara Nova!!
Abraços a todos! E Feliz Halloween!!


ACABØU
Ainda faltava pouco para chegar a casa, tínhamos passado a ponte, e estávamos a alguns poucos metros da casa.
Yooji: Como será que está o nosso bichinho de estimação?
Não acredito que ele falou aquilo.
Lucas: O…
Alice: Yooji. Por favor.
Fernando: Espero que ele esteja bem.
Ana: Eu também.
Mel: Todos nós.
Lucas: Vou ver como ele está.
Felipe: Chegamos! Ainda bem!
???: Vocês morar aqui?
Yan: Yes, sim Nakamura.
Saímos do carro, e eu fui direto com melissa e Valle até o quarto em que Marlon estava. Melissa estava com medo de como ele poderia estar com ela, eu estava sossegado. Agora iríamos conversar seriamente.
Mel: Vamos devagar Lucas.
Lucas: Tá.
Eu ia á frente e atrás de mim, Valle e Mel vinham acompanhando meus passos.
Quando chegamos a alguns passos da porta, vi que a porta estava meio aberta, algum zumbi poderia ter entrado. Será? Ou outra pessoa que sobreviveu. Quando chegamos de frente à porta, ela estava arrebentada na parte da fechadura e havia um papel ali.
“Yan, Lucas, pessoal! Porque me trancaram? Yan, você não pensou certo não é?
Haha. Espero que fiquem vivos. Fui para o Brasil. FUI!”
Não estava acreditando, Melissa pegou o papel de minhas mãos e começou a ler, fui para dentro do quarto… procurar sua mochila e sua raquete. Revirei o lugar mais não achei. E também não achei os biscoitos e água que deixei pra ele.
Lucas: YAAAN!
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Estava dentro de uma sala do aeroporto, procurando os papeis onde dizia que os aviões estavam com gasolina para sair. Mais aquilo tudo em kanjis eu comecei a rasgar tudo de raiva.
Com o notebook ligado e conectado na impressora eu imprimia o curso de piloto de avião que havia baixado da net. Claro que aprender a pilotar um avião por correspondência não era ser um piloto profissional, até mesmo porque eu só sabia decolar, agora ficar no ar e aterrissar eu era um zero a esquerda.
Logo as folhas de instrução de pilotar avião estavam todas imprimidas, desliguei meu notebook e o guardei na mochila. Junto com os papéis.
Marlon: Agora, eu tenho que chegar á um avião o quanto antes.
Comecei a ir aos portões de embarque ver os aviões e horários. Eu estava a ponto de fazer a maior coisa da vida, não era como jogar um jogo de avião.
Estava muito apressado pra arrumar logo um avião e sair desse país, desse continente… quando acho um que parecia que ia sair antes do apocalipse acontecer, até a moça que pega as passagens estava ali por perto e eu tive que dar um jeito nela.
Marlon: Querida, venha até mim… vamos dançar!
Eu até pareço um louco. Mais me lembrando da cena do filme que era essa frase eu me senti um pouco mais sóbrio e menos louco.
Entrei naquele corredor enorme que tem antes de entrar no avião e o segui até a porta do avião que estava entre aberta. Resolvi entrar e dei de cara com uma pá voando na minha cara.
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Não acredito que aquele idiota fugiu. Mais também… bom com idéias ele não é. Ele é bom com força, que idéia do Yan, trancar um cara como ele, e deixar o resto da casa normal. Aff. Fiquei puto agora. Achei que pelo menos dormir até agora ele iria fazer.
Yan, Lucas, Fernando e Felipe e eu estávamos conversando na sala, enquanto na cozinha a meninas conversavam com e ajudavam o piloto a falar um pouco de português.
Fernando: Temos que partir atrás dele.
Yan: Daqui 10 minutos, vamos sair daqui. Eu tenho uma idéia de onde ele foi.
Lucas: Só você tem?
Yan: Ok. Todos nós estamos.
Yooji: E pra onde ele foi?
Yan: Aeroporto.
Lucas: Certeza que sim.
Yan: Então… 10 minutos.
Todos se dispersaram eu estava indo para o quarto logo atrás de Lucas, mais resolvi voltar e ficar na sala, e vi algo que não deveria:
Felipe: Vem me dar um beijo.
Valle: Não. O Lucas ou outro alguém pode aparecer aqui.
Felipe: É só um beijinho. Vem cá vem.
Felipe puxava Valle pela cintura e ela “tentava” resistir a ele. Mais logo ele a puxou com força e meteu um beijo nela, e sem demora ela o agarrou e respondeu ao beijo.
Yooji: Como são…
Lucas: Traidores?
Yooji: Sim… coit…
Olhei pro lado e Lucas estava do meu lado todo eletrocutado de nervoso.
Yooji: Calma.
Lucas: Compre um caixão pra ele.
Lucas voou do meu lado e separou os dois com socos em Felipe. Ele caiu no sofá e Lucas caiu em cima cobrindo ele de soco sem dar chance.
Valle: Para Lucas.
Valle dava pequenos tapas nas costas de Lucas, enquanto Lucas continuava com a chuva de socos em Felipe que já estava desmaiado.
Todos vieram acudir Yan e Fernando tentava tirar ele de cima Felipe que tinha o rosto coberto por sangue.
Lucas: Seu otário.
Fingi que cheguei lá surpreso e as meninas seguravam Valle. Eu ajudei a tirar Lucas em cima de Felipe e uma má noticia.
Ana: Ele não tá respirando mais.
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Minha cabeça doía, era a única certeza que eu tinha. Abri os olhos e vi um cara com uma roupa de piloto. Não acredito, que sorte tirando a parte de levar uma paulada na cabeça.
???: Você está bem?
Marlon: Tirando certa dor de cabeça… estou sim.
???: Desculpe. Não queria machucá-lo. Eu estava assustado. Se eu puder fazer algo.
Eu posso usar isso ao meu favor.
Marlon: Pensando bem, tem algumas coisas sim.
???: O que jovem?
Marlon: São duas coisas, primeiro queria saber como você sabe falar português se você tem aparência de ser daqui…
???: Eu nasci do Brasil, mas meus pais são daqui. E meu emprego é esse, Brasil a China… China a Brasil.
Marlon: Entendi. E, a segunda coisa… você pode nos levar pro Brasil?
???: O que?
Marlon: O que você ouviu… ir pro Brasil.
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Estávamos todos em choque. Luca havia matado Felipe apenas com socos. Estávamos na sala, Lucas e eu. Todos os outros foram pra fora, enterrar o corpo de Felipe.
Yan: O que deu em você?
Lucas: Ele estava beijando a Valle.
Yan: É… é cruel.
Lucas: Ele mereceu o que teve,… quem mandou mexer comigo?
Yan: E se fosse eu ou o Marlon?
Lucas:…!
Ana entra em lágrimas na sala e gritando.
Ana: PORQUE FEZ ISSO? VOCÊ É MALUCO? ELE ERA ÓTIMO…
Lucas: ELE ERA UM TRAÍRA. ISSO SIM. ISSO É O QUE ELE ERA.
Yan: Já chega! Vamos. Arrumem suas coisas e vamos embora.
Lucas e Ana foram arrumar suas coisas, e logo chegando lá fora… Yooji e Fernando anda cavavam o buraco pra por Felipe.
Yan: Vão todos, pode deixar… eu termino isso aqui.
Fernando: Beleza então.
Todos foram para dentro da casa. Eles tinham feito um buraco de quatro palmos… queriam fazer de sete? Sem largar meu bastão empurrei com os pés o corpo de Felipe para o buraco e ele caiu.
Yan: Vamos… é questão de tempo. Sei que você vai voltar… sempre voltam!
Felipe começou a se mexer e soltou uma gosma amarela da boca que ficou verde e depois azul.
Yan: Eu sabia.
Até poderia usar a arma que carregava… mais seria idiotice… é mais fácil usar o taco de baseball. Fui até perto dele, e dei três batidas em sua cabeça… foi o que precisou pra ele ficar morto-morto, eu acho.
Não demorou tanto pra por terra em cima dele, fiz com que você tão rápido, quanto o pessoal se arrumando lá dentro.
Yan: Pronto.
Estava todo suado, Jinghua Xu trouxe minha mochila pra mim… e voltou para buscar a sua… e logo todos saíram da casa.
Jinghua Xu: Tudo bem Yan?
Yan: Sim.
Lucas: Vamos logo!
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Ele estava na cabine do piloto no avião, eu estava ao seu lado o ajudando a ligar. Seu nome era Gustavo. Tinha 29 anos e voava há quatro anos. Nós íamos voltar. Que ótimo!
Gustavo: Só pra você saber, atrás da porta do avião, tem um compartimento com pára-quedas. Caso aconteça algo.
Marlon: Certo.
Gustavo começou a ligar tudo e eu o ajudei… era uma série de botões que tinham que ser pressionados. Logo o avião estava ligado e pronto pra decolar.
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Eu estava no volante, Yan estava me guiando e Yooji vinha com o outro carro atrás de nós. Eu ia o mais rápido possível e desviando daquelas criaturas na rua. Eles poderiam estar mortos… mais meu carro não era o Batmóvel.
Jinghua Xu: Estamos quase chegando.
Fernando: Temos que chegar logo. Só não nos mate Lucas.
Ana: Calma…
Lucas: Eu não ouvi vocês…
Eu acelerei e o povo ficou louco. As meninas que não gritavam davam pequenos suspiros, e os garotos dizendo pra eu diminuir a velocidade. Yan estava no banco passageiro ao meu lado.
Lucas: Yan… olha lá que zumbi gostosa.
Yan: Seu pervertido.
Lucas: Haha.
Ana: É aqui que é o aeroporto.
Lucas: Vamos entrar em grande estilo.
Entrei com o carro pra dentro daquele aeroporto… lá dentro, nós saímos do carro. E Yooji veio atrás.
Ana: Você é…
Yan: Espera… estão ouvindo?
Fernando: Olhem lá.
Fernando estava na janela e todos correram até ele, e vimos um avião no ar se afastando do aeroporto e de nós.
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O avião estava no ar… eu nem acredito… próxima parada… GOIOERÊ!
Gustavo: Onde vamos pousar lá?
Marlon: Você sabe onde fica Goioerê no Paraná?
Gustavo:…
Marlon: É perto de Maringá.
Gustavo: Pra que lado de Maringá?
Marlon: Olhando no mapa, é do lado esquerdo.
Gustavo: Acho que tem como chegarmos lá.
Marlon: Beleza.
Gustavo: E se lá tiver a mesma coisa? Porque quer voltar pra lá?
Marlon: Lá é meu lugar. Nasci e vou morrer naquela terra. Amo aquela cidade, amo as pessoas. Tudo lá.
Gustavo: Legal.
Marlon: Por aqui dentro, tem como ir ao lugar onde ficam as bagagens?
Gustavo: Claro. Como você acha que eu peguei aquela pá que…
Marlon: Já entendi. Só me explique mais ou menos.
Gustavo: Porque vai lá?
Marlon: Ver se tem alguma bateria pra celular.
Sem parar de olhar pra frente pro céu, ele me indicou…
Marlon: Falando nisso… quanto tempo até chegar ao Brasil?
Gustavo: Mais ou menos… um dia e meio.
Marlon: Ok.
Eu segui o caminho que ele me passou, e logo cheguei lá.
Estava tudo bagunçado. Cheio de coisas jogadas. Eu procurei em tudo quanto é lugar e nada de bateria.
Marlon: Droga!
Olhando em volta, só havia roupas, alguns objetos estranhos e cobertores.
Marlon: Exportação até de cobertores? Fiu-Fiu.
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Estávamos dentro de um avião com o tanque cheio. E eu com uma vontade imensa de deixar aquele mundo e voltar pro mundo real.
Nakamura: Estamos pronto pra ir e decolar.
Lucas: Ok. Bota pra quebrar.
Nakamura: Como?
Lucas: Cebo nas canelas.
Nakamura:…?
Lucas: Vamos logo. Let’s GO. GO. GO. GO. GO.
Nakamura: OK. Ok.
Nakamura colocou o avião pra funcionar, enquanto Lucas estava ao seu lado, Yan estava do lado de Jinghua Xu e Alice com Yooji. Valle e Melissa brincavam com aquela garotinha.
“Ana: Só eu que fico sozinha agora” – pensei comigo. Felipe… porque você foi beijar aquela garota?
Nakamura: Vamos decolar.
Yan: Ipe, Ipe Urrá!
Todo mundo inclusive eu olhei pro Yan. O que deu nele?
Lucas: Você é mongol?
Yan: Sempre quis dizer isso.
O silêncio reinou outra vez. Estávamos decolando, senti um frio na barriga e logo o avião se estabilizou.
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Quase um dia e meio depois
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Tinha acabado de acordar, era umas 17h. Eu sabia por que meu relógio havia parado umas duas horas antes e eu estava apenas dando pequenos cochilos.
Andei preguiçosamente até a cabine do piloto e Gustavo estava tranqüilo.
Marlon: E aí?
Gustavo: Que bom que acordou. Estamos quase chegando.
Marlon: Sério? Que bom!
Gustavo: Pega minha mochila pra mim ali no meio dos bancos.
Marlon: Ok.
Fui procurando a mochila dele, e não achava, estava quase no final da fileira dos bancos.
Quando cheguei lá eu entreguei a ele. E ele estava com uma barra de ferro.
Gustavo: Desculpa cara.
Marlon: O que é isso?
Gustavo: O avião tá sem gasolina. Vai cair daqui a pouco, sugiro que pegue um daqueles pára-quedas.
Marlon: Seu covarde.
Saí correndo para o lugar que ele indicou que tinha pára-quedas e quando cheguei estava vazio… nem mosca tinha.
Marlon: Que mentiroso… Filho da ****.
Ouvi barulho de vidro quebrando e fui correndo até a cabine e ele estava saindo pela frente do avião.
Gustavo: Esse é o único pára-quedas.
Ele pulou e bateu duas vezes na casca do avião. Não acredito nisso. Ele foi direto pra turbina do avião… aquelas coisas gigantes que ficam do lado do avião. Eu não preciso nem dizer que estava nervoso né?
Marlon: Cara***. Cadê o Yan uma hora dessas?
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Tá de sacanagem. Uma hora dessas, em um lugar desses… elas querem brigar?
Lucas: Parem com isso.
Ana e Valle estavam se pegando aos tapas uma na outra. Eu estava na cabine junto com Nakamura. E vi quando ele apertou um botão e saiu da cabine.
Yan: Saquei. Piloto automático.
Vi que Fernando e Lucas foram separar as meninas. Valle ficou parada no meio do corredor olhando os garotos conterem Ana.
Ana: Desculpem-me. Estou calma.
Fernando: Ufa!
Ana pegou a arma da cintura de Fernando e atirou em Valle.
Lucas: Não!
O tiro atravessou Valle e pegou em Nakamura.
Yan: ****, *****, *******. E agora?
Lucas: Cheiradora de Nescau.
O tiro atingiu o coração de Valle e pegou em cheio no ombro de Nakamura.
Alice: Eu posso fazer um curativo. Mais temos que ficar no ar.
Nakamura: Estamos quase chegando.
Yooji: Ele vai ter hemorragia.
Fernando: Vamos sentá-los.
Lucas: Na cadeira do piloto.
Yan: O que?
Jinghua Xu: Se ele não pousar o avião vamos morrer.
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Tinha pegado o máximo de cobertores que consegui… o avião já estava dando o voou do cisne. E eu tinha que sobreviver.
Marlon: Gustavo FDP.
Eu tinha que chegar inteiro… uma última olhada pela janela e já dava pra ver até os carros como se fossem formigas. Eu me enrolei nos cobertores e agora era esperar.
Senti um baque e não vi mais nada.
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Estávamos chegando perto do chão. Todo mundo estava na cabine do avião… eu estava pressionando o ferimento e Yooji jogava nossa reserva de água na cara dele quando ele fechava os olhos.
Yan: É agora ou nunca.
Lucas: Pousa ISSO! NAKAMURA!
Nakamura acordou e conseguimos chegar inteiros ao chão.
Yooji: Ele morreu.
Ana: Onde freia isso?
Jinghua Xu: Ferrou.
Yan: Lucas, Yooji me ajudem. Vamos apertar e empurrar tudo aqui.
Alice: Estávamos quase chegando á um celeiro, havia uma fazenda ali. O celeiro estava longe, mais a cada segundo ficava muito mais perto.
Yooji: Achei.
Yooji apertou o freio e fomos jogados contra pára-brisa do avião que se quebrou e fomos arremessados para longe. Eu estava de olhos fechados e escutando os gritos de todas as meninas. Senti uma dor aguda na cabeça e um baque e ficou difícil me concentrar em algo.