Capítulo 2

SAINDO DØ AEROPORTO

Marlon: Como assim? Parecia?

Yan: Cara, eles estavam com sangue nas bocas e vindo correndo pra gente.

Marlon: Ás vezes ele só eram pessoas que precisavam de ajuda.

Yan: E…

Antes de Yan terminar de falar, começamos a ouvir batidas na porta do avião. Yan pulo da porta como se ela estivesse pegando fogo.

Marlon: Ei galera, querem entrar?

???: GHEEERGGHH.

Yan: Não parecem ser “pessoas” precisando de ajuda.

Marlon: Claro que são pessoas.

Yan: Sim claro, eles são pessoas que querem nos comer. Só isso.

Marlon: Facilita cara, vamos fazer um trato? Vamos abrir a porta…

Yan: Ficou doido?

Marlon: Se caso eles forem normais, nós poderemos conversar, se não forem… eles que se preparem pra minha raquete.

Yan: Primeiro vamos ouvir o que está se passando nos rádios.

Marlon: Ué? Você não disse que tinha acabado sua bateria?

Yan: Sim, mais tenho duas. Só tenho que saber se está em um dos meus bolsos, ou na mala.

Yan procurava a bateria nos bolsos da calça e da sua blusa.

Marlon: Espero que encontre!

Yan: Sim, calma aí.

Finalmente, ele achou a bateria, e rapidamente trocou. Logo ele sintonizou na única rádio que não estava fora de área.

Marlon: Então, o que está dizendo?

???: Subete no minkan-jin ga jibun no ie ni taizai shi, sore ga subete hyojun-ka sa reta mono made nokoshi shinai yo ni chui shite kudasai.  (Informamos que todos os civis fiquem em suas casas, e não saiam até tudo estar normalizado.)

Yan: Calma, está dizendo que é para o pessoal ficar em casa… temos que… ficar… calmos… até quando tudo se normalizar…

Marlon: Quando o inferno se encher, os mortos andarão sobre a Terra.

Yan: Onde ouviu essa frase? O cara do rádio não falou isso.

Marlon: É uma frase que andei escutando em um filme, e ultimamente.

Yan: O que faremos?

Yan disse depois de desligar o Ipad, ele estava em uma mistura de apavoramento com animação. Eu estava tentando me controlar. Peguei minha raquete da mochila.

Marlon: Abra a porta.

Yan: É pra já, Talahasse.

Marlon: Hora de enlouquecer ou emudecer!

Yan abriu as portas, e logo entraram aquelas duas pessoas com a boca lambuzadas de sangues. Yan estava atrás da porta. Os dois estavam lado a lado, eu dei uma raquetada no primeiro e no segundo o empurrei com o corpo, ele quis tentar me morder, mais antes de conseguir ele caiu no chão, o outro também caiu.

Yan: Vamos logo cara.

Marlon: Fecha a porta.

Quando vi que um deles levantou, e eu o acertei com outra raquetada, o outro que estava no chão, rastejava até meus pés. Levantei a raquete sobre minha cabeça e soltei uma série de raquetadas em cima dos dois.

Marlon: É cara, você estava certo.

Yan: Eu sabia.

Marlon: Vamos ter que sair lá pra fora.

Yan: Tive uma idéia.

Marlon: Qual?

Yan: Se lembra do The Walking Dead?

Marlon: Ah cara, isso é nojento. É mais fácil sair matando.

Yan: Ou eles nos matar.

Marlon: Mais nós vamos ter que pegar nossas malas.

Yan: Ok.

Yan deu outro pulo quando escutamos mais batidas na porta.

Marlon: Aí cara… Vamos fazer isso logo ok?

Yan: Tá Legal.

Yan ficou com um zumbi e eu com outro. Aquilo foi nojento, ter que se cobrir com sangue e tripas de zumbis. Logo tudo coberto, as batidas haviam ficado maiores.

Yan: Estamos prontos.

Marlon: Abra a porta e fique atrás dela, eu vou testar seu método.

Sem nenhuma palavra Yan abriu a porta, eu estava com a mochila nas costas e a raquete nas mãos. E também tive que lambuzar de sangue a raquete. No total entraram seis mortos-vivos. Eles passaram por mim muito devagar, comecei a achar que eles haviam percebido algo. Depois que todos passaram por mim, fiz sinal para Yan ir saindo pela porta, e eu o segui dando os primeiros passos bem devagar.

Yan: Ufa!

Yan estava no meio do corredor enorme que estava sem zumbis. Andamos normal até o balcão que ficamos escondidos, lá estava bastante zumbis. Nós teríamos que andar no meio deles.

Marlon: Yan, agora nós temos que caprichar.

Yan foi indo na frente, eu esperei alguns passos deles, e fui atrás. A única coisa que eu menos poderia esperar era o que eu ouvi depois de cinco passos.

???: ♪… Kampai ima kimi wa jinsei no

Ookina, ookina butai ni tachi

Haruka nagai michinori o aruki hajimeta

Kimi ni shiawase are… ♪

Yan: Merda.

Marlon: Merda mesmo.

O Ipad de Yan começou a tocar alto, não sei como. Logo todos os zumbis olhavam pra gente, Yan tratou de desligar o Ipad, e felizmente conseguiu.

Marlon: Corre.

Yan: O que?

Marlon: AGORA!

Yan começou a correr, mais havia uns três zumbis atrás dele. Eu só vi que era um monte de zumbi que estava me cercando.

Marlon: YAN ME ESPERA EM ALGUM LUGAR SEGURO.

Boa. Os zumbis que seguiam Yan voltaram. Pelo menos dois deles. Agora, eu é que tinha que me virar, vamos improvisar.

???: Otetsudai… Otetsudai… Otetsudai… (Socorro)

Isso estava atraindo os zumbis. Ficaram poucos ali me rodeando, agora estava de bom tamanho. Eles vieram pra cima, e minha raquete tomou conta de todos.

Marlon: Era a mesma voz do meu sonho. Preciso encontrar o Yan.

???: Otetsudai… (Socorro)

Marlon: Rirakkusu, watashi-tachi wa anata o otetsudai shimasu! (Calma, nós vamos te ajudar!)

Caramba. Se for o mesmo pedido de socorro do meu sonho… quem será essa garota? Eu preciso achar o Yan. Andando na mesa direção que Yan havia corrido, estava olhando para todos os lados, até que esbarrei em uma garota e nós dois caímos no chão.

???(Nervosa): Ei, você tem que olhar por onde anda.

Marlon (Irônico): Haha. Acho que se você estivesse olhando por onde você anda, você teria muito bem desviado de mim.

???: Cala boca.

???: Otetsudai… (Socorro)

Marlon: Droga.

???: Quem é essa que está gritando socorro?

Marlon: Não sei ainda. A propósito, eu sou Marlon.

???: Eu sei, sou Alice.

Marlon: Ué? Como sabe?

Alice: Sou a amiga do Yan. Lembra-se?

Marlon: Há! Eu me lembrei. Cadê sua outra amiga?

Alice: Não sei. Ela sumiu, estou procurando.

Marlon: Ah… Aí, aposto que os dois estão juntos. Vamos procurar juntos?

Alice (Sarcástica): Você tá querendo uma chance comigo né? Nem venha.

Marlon (Sério): Que isso garota, só quero procurar meu primo e sair daqui.

Alice (Irônica): Sei… eles que venham me procurar, estou cansada e enojada desse cheiro, você tomou banho de zumbi?

Marlon (nervoso): Não! Isso foi plano do seu amiguinho Yan.

Alice: Haha. Só o Yan mesmo.

Marlon: Se não quer procurar, fique aí. Eu estou indo.

Eu me levantei do chão e comecei a andar.

Alice: Ei, espera aí.
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Cadê o Marlon hein? Ele já devia estar chegando logo depois de mim. Eu vim em linha reta.

Yan: MARLON.

Comecei a voltar pro lugar de onde tinha corrido e olhando por todos os lados, vi uma garota á uma boa distancia de mim.

Yan: EI. VOCÊ.

???: Yan?

Yan: Ana?

Ana: Que bom te ver.

Nos abraçamos, e Ana me apertou no abraço. Ela deveria estar com medo disso tudo, com muita razão.

Yan: Você está bem?

Ana: Acho que eu estou tudo menos bem.

Yan: Eu também.

Ana: Eu me perdi da Alice, quase fui morta sendo como Feijoada por esses carnívoros e estou com medo.

Yan: Ana me diz: Quem não tá com medo? Agora… porque Feijoada?

Ana: É que se eu fosse chinesa seria Yakisoba, se eu fosse americana seria Hambúrguer, mais como somos do Brasil, eu to mais pra uma feijoada.

Yan: Nós estamos.

Ana: Eu tenho que achar a Alice.

Yan: E eu o Marlon. Ele estava cercado de zumbis, e me mandou correr.

Ana: Ele só pode estar morto então.

Será? Será que ele morreu?
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Marlon: Eu estou muito vivo.

Alice: ANA.

Ana: ALICE.

Yan: Que bom que está vivo cara.

Marlon: E aqueles zumbis que estavam atrás de você?

Yan: Eu cuidei deles, com esse Taco de beisebol que achei em uma loja aqui perto.

Marlon: Maneiro.

As duas amigas se abraçaram, Yan sorriu e eu retribuí. Logo as meninas se afastaram, e ficamos um olhando pro outro.

Alice: Agente não vai ficar esperando anoitecer, olhando um pro outro não é?

Ana: Claro que não.

Marlon: É Alice, vamos ficar aqui esperando os zumbis chegarem e nos devorarem.

Yan: Calma pessoal. Nós temos que fazer um plano.

Alice (Irônica): Jura?

Marlon: Cara. Você sabe tirar alguém do sério.

Alice: Obrigada.

Ana: Temos que sair daqui. Preciso lavar meu cabelo.

Yan: Saindo daqui temos que pegar um carro. E ir até o mais próximo abrigo.

Marlon: Então vamos né?

Andamos duas vezes em círculos até saber realmente onde era à saída do aeroporto. Saindo de lá, paramos na porta, a rua estava completamente cheia de zumbis.

Alice: Agora sim, o bicho pega.

Ana: Porcaria.

Marlon: Hehe.

Yan: Aquele carro. É o que está mais perto, vamos pra lá, Marlon você dirige.

Yan apontava pra um carro livre no estacionamento da caçada do aeroporto, o carro era do tipo esporte preto. Ás vezes o carro era de algum ricaço.

Marlon: vou lá ver, se tem a chave e se pega, fiquem aqui, até eu der algum sinal pra irem.

Yan: Ok.

Marlon: Yan… segura minha mochila.

Tirei a mochila das costas e dei pra ele, fui indo pro carro devagar. Chegando lá, a sorte estava do nosso lado: a chave na ignição, e as portas destrancadas.

Ergui o braço e fiz um sinal pra irem até o carro. Dei partida e o carro não pegou. O ronco do motor quase pegando atraiu alguns zumbis.

Alice: Vamos logo com isso cabrão.

Marlon: Calma.

Dei partida mais uma vez, percebi que todos estavam no carro já. E o carro não pegou novamente. Mais zumbis perceberam. E começaram a vir pra cima de nós.

Ana: Eu vou morrer.

Alice: Fica quieta, não faz barulho.

Comecei a dar partida insistentemente, até que os zumbis chegaram ao carro.

Yan: Vamos Marlon.

Alice: Vamos logo, mer**.

Essa é a última vez que tento.

Marlon: Yan… começa a bolar um plano aí.