17 de outubro de 2011

Capítulo 10


A CAMINHO DO OUTRØ LADO DA ILHA
Alice: CHEEGA!
Alice estava na escada olhando para nós dois que paramos com o ataque de imediato.
Alice: Porque isso?
Marlon: Ele mentiu, aqui não tem telefone público.
Alice: Sério?
Yooji: Sim.
Alice parecia amistosa a mim, mais logo seu coração falou mais alto.
Alice: Já chega. Marlon venha, vamos dormir.
Marlon: O que?
Yooji: Vou continuar a vigia.
Eu na podia acreditar. Alice não se importava com sua família? Não queria noticias? Azar dela.
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Nós havíamos juntado os beliches, e era como se fosse o beliche de uma cama de casal, Felipe e Ana dormiram em cima, Yan e eu ficamos em baixo. Eu preferi assim. Estava com saudades do meu pai, Yan estava dormindo, e eu sem querer comecei a chorar baixinho.
Jinghua Xu: Pai… porque tinha que ser assim?
Yan: Não chore… se acalme. Acho que seu pai não gostaria de vê-la assim.
Yan tinha acordado. Coitado.
Jinghua Xu: Desculpa por te acordar.
Yan: Não tem nada.
Jinghua Xu: Eu queria é poder ter meu pai aqui.
Yan: Seria bom se todos tivessem o que quisessem.
Jinghua Xu: Bem que podia ser assim.
Yan: Tente dormir, se acalme.
Eu não conseguia parar de chorar. Yan bem vagarosamente veio muito perto de mim e me abraçou. Eu também o abracei e ainda chorando eu o beijei no rosto e fui até sua orelha.
Jinghua Xu: Obrigado Yan. Por tudo. Você é demais.
Yan: Só faço isso porque gosto… Bom,… é… porque gosto de ajudar as pessoas.
Será que o Yan ia dizer que gosta de mim? Fiquei na dúvida, dei outro beijo nele e tentei dormir.
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Acordei ás seis horas da manha. O pessoal ainda dormia. Ana dormia abraçada comigo. Eu me afastei lentamente retirando os braços dela de mim, e sorri quando ela se agarrou ao travesseiro. Ela era tão linda.
Fui até o banheiro dar uma lavada no rosto e fazer as necessidades básicas do ser humano. Depois disso voltei no quarto e peguei meu machado e logo desci até a cozinha, e no caminho da sala vi que Lucas estava de vigia.
Felipe: Bom dia.
Lucas: Bom dia.
Chegando a cozinha, abri a geladeira e não vi muita coisa além de uma jarra de água gelada. Tomei um pouco de água, e sai pra fora pela porta da cozinha e comecei a me alongar. Era incrível como não tinha nenhum zumbi por aqui.
Enquanto fazia alguns alongamentos pensava sobre tudo o que estava acontecendo: mortes, zumbis, e tudo mais.
Lucas: Ei cara. Marlon acordou. Ele está te chamando.
Dizia Lucas aparecendo na porta.
Felipe: Estou indo.
Terminei mais alguns alongamentos, e logo entrei pra falar com Marlon, ele estava na cozinha, sentado com a raquete em cima da mesa e parecia estar muito nervoso.
Marlon: Aí cara, eu to indo pro outro lado dessa ilha, você vai?
Felipe: Porque tá indo pra lá?
Marlon: Lá deve ter telefone… aqui não tem. E eu to louco pra saber da minha família. E essa ilha tem um porto que tem parada para navios de turistas. Com certeza deve ter telefone lá.
Felipe: Você já falou com Yan?
Marlon: Nem vou falar. Eu vou e estou te chamando, se não quiser ir, eu levo o Lucas.
Lucas entrou na hora com sua distração.
Lucas: O que?
Felipe: Cara eu…
Marlon: Ok fique aí, Felipe. Vamos comigo pro outro lado da ilha?
Lucas: Pra que?
Marlon: Lá tem telefone, preciso ir falar com minha família.
Lucas: Já é.
Marlon: Beleza, Felipe… ah, você tá de vigia.
Sai da casa pela porta da cozinha, Lucas vinha atrás cantando. Enquanto dávamos a volta na casa pra chegar aos carros, resolvi saber o que havia com ele:
Marlon: O que aconteceu? Que você está nessa felicidade?
Lucas: Estou vivo.
Marlon: Só isso?
Lucas: Sim.
Entramos no carro, deixei a raquete do lado do freio de mão, e dei partida. Logo peguei a estrada que tinha ao lado oposto da ponte, no começo não havia zumbis… mais depois de uns 30 quilômetros começava cada vez mais aparecer zumbis.
Fui parando o carro e só havia mato em volta.
Marlon: Vamos ter que ir andando. Ou correndo.
Lucas: Por quê?
Marlon: Cada vez mais que aparece zumbis, menos a chance de sairmos vivos do carro.
Lucas: Entendi.
Entramos no mato, mas ficamos perto da estrada, e fomos seguindo até onde ela ia. Depois de alguns minutos, eu percebi que essa caminhada seria muito longa.
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Estava sendo sacudido por alguém, no susto e abrindo os olhos… era Yan me sacudindo pra eu acordar.
Yooji: O que aconteceu cara?
Yan: O Marlon e o Lucas foram pro outro lado da ilha.
Yooji: Sério?
Yan: Muito sério. Vamos, levanta!
Yooji: Você tá querendo ir pra lá?
Yan: O que você acha?
Yooji: Bom, eu tenho um joguinho de sumo no X Box.
Yan: Levanta e vamos.
Eu me levantei cheio de preguiça, Yan havia saído do quarto. Fui até o banheiro pra fazer as necessidades e passar uma água no rosto e na boca, logo fui até a sala… e estavam todos reunidos, Yan e Jinghua Xu sentados num canto, Felipe e Ana em outro canto e Alice no meio deles.
Yooji: O que vocês…?
Alice: Vamos atrás do Marlon.
Yooji: Ele provavelmente pode estar morto. O Lucas também.
Ana: O que?
Jinghua Xu: A outra parte da ilha é o porto dos turistas, um porto que os navios faziam cruzeiros. Direto vinha turistas pra cá.
Yan: Então quer dizer que lá tem um navio com quinhentos ou mais zumbis e aqueles dois estão indo direto pra lá?
Yooji: … Literalmente… isso mesmo!
Yan mudou a expressão de uma forma drástica.
Yan: Porque ele foi para o outro lado da ilha? Algum de vocês sabe o motivo?
Yooji: Queria muito saber.
Yan olhou para cada um, Alice e Felipe olharam pra mim. Alice logo olhou para outro lado, mais Felipe continuou olhando.
Yan: Então… ninguém sabe?
Felipe: Não Yan.
Yan: Ótimo. Vamos pro carro.
O pessoal todo foi de uma vez, Alice foi à única que ficou me esperando.
Yooji: O que foi?
Alice: O que foi? Você sabe o que foi.
Yooji: Que eu saiba você também não falou nada.
Alice: Queria saber por que você não falou nada.
Yooji: Eles devem estar mortos.
Alice: E você diz isso na maior tranqüilidade?
Yooji: Você quer que eu faça o que?
Alice: Porque não os impediu?
Yooji: E como eu ia saber que eles iam pra lá?
Alice se virou de costas e foi saindo da casa.
Yooji: Droga!
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Marlon: Lucas olha aquilo.
Eu disse apontando para frente. O porto estava a nossa frente, parecia que era muito bonito apesar de estar todo destruído e cheio de zumbis.
Lucas: “Bora” pra lá.
Marlon: Nós vamos ter que lutar bastante.
Lucas: Eu sei. Vamos logo.
Marlon: Ok. Cara, se eu morrer, eu quero deixar claro, que eu infelizmente ainda sou virgem. E se eu morrer, eu vou reclamar com Deus.
Lucas: Hehe, nessa parte eu to sossegado. Então eu posso morrer.
Marlon: Pode não. Aí, pra ficar mais fácil, vamos correr e entrar em um daqueles navios.
Lucas: Tá.
Fomos indo de vagar com o máximo de cuidado e até aonde podíamos ir sem que nenhum zumbi nos visse. Quando não tinha mais jeito… Saímos correndo!
Era morto-vivo de tudo quanto é canto, eu e Lucas limpávamos apenas o caminho pra entrar no navio… confesso que estava com medo, desde quando cheguei aqui fiquei com medo, mais dessa vez eu deixava transparecer o medo.
Marlon: Vamos logo pra lá.
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Entramos no carro e Yan arrancou com o carro. Ele estava muito preocupado com Marlon e com Lucas.
Felipe: Yan vai com calma.
Alice: Calma nada… enfia o pé Yan.
Eu não conseguia pensar quando ficava nervoso. Ninguém falou mais nada, apena ficaram quietos. Eu percebi que depois de algum tempo, a estrada que não tinha nenhum zumbi, começou a ter alguns zumbis, e em todos os quilômetros à frente eram mais e mais zumbis. Logo em uma curva, vimos o carro que Marlon e Lucas usaram parado com as portas abertas.
Ana: Eles morreram?
Jinghua Xu: Acho que não.
Felipe: Ou…
Yan: Nem termine a frase.

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