14 de novembro de 2011

Temp 2 - Capítulo 04


VOCÊ É CATÓLICØ?
Nós estávamos na entrada da cidade fazendo uma parada, estávamos com fome e sede. Tínhamos que comer alguma coisa. Estávamos reunidos no lado de trás da pampa. Eles falavam sobre o que fazer se tiver zumbi na cidade.
Yan: Esse é o mais certo, arrumar uma casa grande para todos nós.
Ana: Com um banho quentinho.
Alice: E poder dormir sossegada.
Mel: Então Lucas… onde o Marlon quer nos encontrar?
Lucas: Na igreja.
Jinghua Xu: Igreja?
Lucas: Sim.
Fernando: Bem típico do Marlon. Ironizando.
Lucas: Na verdade ele disse pra ser lá, porque é a igreja matriz… e é bem localizada.
Yan: Então ele deve saber de uma casa boa lá por perto.
Lucas: Temos que trocar de carro.
Alice: Sim, esse nos deixa expostos.
Yan: O primeiro carro que tiver dando sopa, nós vamos pegar.
Luca: Beleza.
Todos se ajeitaram na pampa, eu entrei no lugar do motorista, e pegamos a rua pra cidade… eu ia dirigindo muito devagar nós vimos uma caminhonete preta, logo a nossa frente.
Ana: Vamos pegar essa.
Fernando: Carro lindo.
Yan: Mais, olha… tem um zumbi ali perto.
Lucas: Deve ser ele que estava dirigindo antes de isso começar aqui.
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Gabriel: Eu sabia. Haha. A Amanda… aquela Amanda?
Marlon: Sim.
Gabriel: Por quê?
Marcos: As meninas vão ficar batendo papo é?
Marlon: Velho… vamos logo.
Gabriel: Tá bom.
Dei um empurrão indo pra frente, e olhando pra trás, Marcos e Gabriel me acompanhavam. Por um momento, me senti sendo um adolescente de novo: meus amigos do lado, andando de bicicletas… mais chegando à esquina da casa de Marcos essa ilusão acabou… havia vários zumbis em volta do ginásio.
Passamos pela rua e eles vieram nos seguindo. Na rua em que estávamos, era descida, mais a partir da esquina do ginásio a rua começava a ser plana.
Marlon: Agora é pedalar hein.
Marcos: Falou minha língua.
Marcos começou a pedalar forte e rápido, logo ele estava a nossa frente, Gabriel pedalava normal e eu acompanhava Gabriel. Olhando sempre pra trás, vi que alguns dos zumbis corriam muito, e estavam quase chegando perto de nós.
Marlon: Gabriel acelera aí.
Gabriel: I caramba.
Ele acelerou e chegou perto de Marcos, quando eu fui acelerar… aquela bicicleta era super boa… consegui chegar perto dos dois sem me esforçar muito. Seguindo a rua reta, faltavam umas três quadras pra chegarmos ao calçadão. Olhando para trás, não havia mais zumbis atrás de nós.
Marlon: Ei parem aí. Não tem mais zumbis.
Gabriel e Marcos pararam e eu cheguei e parei perto deles.
Marcos: O que foi?
Marlon: O calçadão deve estar cheio deles.
Gabriel: É verdade. Mais é o caminho mais fácil de fazer, pra chegar até a igreja.
Marcos: Ele tem razão.
Marlon: Calma, to pensando.
E agora? Se agente fosse pelo calçadão seria pior.
Marlon: Já sei. É o seguinte: agente vai aqui reto, e depois do calçadão a próxima rua agente desce e quando chegarmos perto da rua debaixo da igreja… nós paramos. Aí eu explico o resto.
Marcos: Então vamos logo.
Marcos saiu pedalando.
Gabriel: É. Vamos lá.
Gabriel foi atrás, e logo eu fui. Se o que eu estava pensando estivesse certo, íamos conseguir entrar na igreja.
Marcos passou pelo calçadão como uma flecha, não olhou pra lugar algum, logo Gabriel passou em segundo olhando e acelerou quando estava quase saindo de lá.
Marlon: Minha vez.
Acelerei antes de passar pelo calçadão, e quando passei no calçadão… coisas espalhadas no chão quebradas, e muitos zumbis ali. Quando olhei pro lado debaixo da igreja, havia alguns zumbis lá perto. Porcaria… olhando pra frente novamente, Marcos já descia a rua na qual eu falei, acelerei e cheguei perto de Gabriel… viramos ao mesmo tempo, e logo paramos na esquina da rua debaixo da igreja.
Gabriel: E agora?
Marlon: Calma. Espera eu ir dar uma olhada. Pode ser?
Marcos: Tá. Mais vai logo.
Nós estávamos na esquina do quarteirão, quase em frente à secretária da igreja, eu sai de lá e fui andando pela sombra que as árvores faziam naquela noite mais escuras do que as outras que vi em Goioerê. Eu andava pelas sombras, até que conseguir subir as escadas, e cheguei perto da igreja… chegando perto de uma das portas laterais, e pra minha sorte estava trancada, olhei pela janela e havia algumas pessoas no espaço que consegui olhar.
Voltei meio com pressa, havia bastantes zumbis ali na rua. Quando cheguei até onde os dois estavam com as bicicletas, não os achei… nem a bicicletas. Comecei a olhar em volta, e eles estavam escondidos na casa do outro lado da rua. Eu fui até eles.
Marlon: O que estão fazendo aí?
Gabriel: Não podíamos ficar ali, uma hora ou outra, eles iam nos ver.
Marcos: Ele ficou com medo.
Marlon: A tá.
Gabriel: Não fiquei com medo. Só é preocupação.
Marcos: Tá bom Gabriel. Mais e aí Marlon…?
Marlon: Não chegaram ainda. Vamos ter que entrar lá. Tem um pessoal lá.
Gabriel: E as bicicletas?
Aquela mulher apareceu atrás de Gabriel que estava escondido atrás do muro e se levantou assim como Marcos pra falar comigo.
???: Deixe as bicicletas aqui.
Marlon: Vamos deixá-las aqui.
Marcos: O que?
Gabriel: E se roubarem?
Olhei para a japonesa, e ela ergue os braços fazendo sinal que era pra gente ir.
???: Não vão roubar, eu prometo.
Marlon: Não vão roubar. Agora vamos.
Marcos e Gabriel demoraram mais logo vieram comigo, nós precisávamos ir logo. Antes que Lucas chegue e os zumbis fiquem na porta da igreja.
Passamos pela secretária da igreja, e fomos andando colados na parede, subimos as escadas rapidamente e chegando à frente da igreja, as portas estavam inicialmente fechadas, eu fui com tudo pra abrir, mais elas não abriram e me jogaram pra trás. Eu me levantei e bati na porta.
Marlon: EI… NÓS PRECISAMOS ENTRAR!
Gabriel: Eles estão vindo.
Marcos: Droga!
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Lucas dirigia a algum tempo dando volta pelas ruas da cidade, achamos as ruas principais da cidade, porque achamos uma rua com várias lojas. Não saímos dessas ruas, até quando vimos à rua que tinha uma calçada grande e apenas um sentido na rua, lá embaixo vimos à igreja.
Alice: Aquela deve ser a Igreja matriz da cidade.
Yan: Será?
Lucas: Acho que sim, tem a torre que o Marlon falou. E parece que a praça também do outro lado da rua.
Fernando: Não dá pra ver direito.
Lucas; Vai ter que ser aquela. Não temos gasolina pra ficar procurando mais. Eu vou dar uma volta, pros zumbis ficarem atordoados… e vou para na rua debaixo. Vamos ter que conseguir entrar de primeira.
Ana: Qualquer coisa, nós temos armas.
Yan: Que não serve pra gastar toda a munição agora.
Lucas começava a contornar as quadras… a fome batia muito forte, eu precisava comer alguma coisa dentro de seis horas… senão…
Jinghua Xu: Que bom que o Marlon está bem.
Yan: É… por quê?
Jinghua Xu: Como por quê? Ele é importante pro nosso grupo.
Yan: Ah…
Lucas: Sem crises de ciúmes em pessoal.
Ana: Haha. Verdade.
Yan: Sim, Quem tá com ciúmes de quem aqui? Hã? Quem?
Alice: Não ninguém.
Mel: O Lucas só avisou agente só.
Lucas: Avisar é bom não é Yan?
Eu estava olhando para Jinghua Xu. Será que Jinghua Xu gosta de alguém? Será que é o Marlon de quem ela gosta?
Yan: Claro.
Lucas: Assim como… nós estamos chegando ao luau do Hukilau.
Yan: Sim, sim.
Jinghua Xu: Onde Yan?
Não havia escutado o que Lucas havia dito.
Yan: O que? O que você disse?
Lucas: Haha. Nada não.
Estávamos quase chegando ao quarteirão da igreja, pelo que eu to lembrado. Nós tínhamos que descer antes de chegar perto da igreja… nós descemos uma rua, e entramos em outra… eu acho que… Lucas seguiu até a próxima quadra e eu vi um pouco da igreja e da praça.
Lucas: Temos que descer aqui rápido. O carro fez barulho.
Yan: Okay. Eu também já vi onde é a igreja, tá fácil pra gente.
Nós saímos do carro, e rapidamente fomos para as sombras, quando todos estavam nas sombras, fomos indo a caminho da igreja. Subimos uma escada que tinha lá, e quando a última pessoa que estava com a gente subiu, ouvi um zunido, e três pessoas montadas em bicicletas passaram pela rua, e subiu a rua da igreja e foram até perto da porta da igreja… lá largaram a bicicleta e foram bater na porta da igreja. Pelas vozes pareciam ser três meninas.
Lucas: Elas tinham que bater lá logo agora?
A porta se abriu, e logo se fechou.
Ana: Vamos logo.
Fernando: Não podemos ir agora. Olhem.
Disse Fernando fazendo um sinal com a cabeça, ele mostrava que na rua, e principalmente perto da porta da igreja os zumbis seguiram as meninas.
Jinghua Xu: Ai que ruim.
Lucas: Que merda viu.
Alice: Vamos ter que esperar?
Mel: Eu quero entrar agora.
Yan: Vamos ter que esperar.
Minha barriga estava roncando de fome já.
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Estávamos na última fileira de bancos, lá na frente havia mais pessoas e um padre que rezava com elas, elas rezavam o pai-nosso, ave-maria e outras orações que eu nem sabia que existia. Estava torcendo para que o Lucas e os outros chegassem logo. Logo um barulho ecoou na porta e vozes de meninas apareceram. O cara que estava perto da porta e que abriu a porta pra gente abriu a porta para as garotas.
Gabriel: Porque será que a reza deles param sempre quando alguém entra?
Marcos: Eu não sei.
Marlon: Deve ser por respeito ou algo assim.
Olhando pra porta, entraram três garotas: a primeira era do tamanho do Gabriel era loira, bonita, rosto perfeito e usava o cabelo preso em um rabo de cavalo. Usava jeans e blusa preta… a segunda parecia ser bem velha já,… uns 26 anos, ela tinha os cabelos ruivos e soltos, era bonita também, estava com jeans e uma camiseta branca… Já a última garota, do meu tamanho, era linda! Com os cabelos soltos e castanhos, usava jeans e uma jaqueta jeans com uma camiseta branca por baixo.
Elas entraram e se sentaram do nosso lado, no mesmo banco.
Marcos: Nunca mais vou sair daqui.
Marcos disse baixinho olhando pra mim.
Marlon: Espero que o Lucas demore.
Respondi á ele baixinho.

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