ZUMBIS DE NØVO?
Eu nem acreditava. Finalmente estava em Goioerê.
Marlon: Agora o jogo vai começar.
Fiz até cara de mau. Mais quando comecei a andar tossi bastante e minha perna começou a doer.
Marlon: Droga. Começar o jogo com 50% de vida. Let’s go Baby.
Comecei a andar até a rua de cima do hospital. E virei á esquerda. Minha perna doía demais. Fui até uma bancada na calçada de uma casa qualquer e parei pra olhar minha perna. Ergui minha calça e a perna estava com uma costura enorme.
???: Agora fique aqui, não force sua perna.
Aquela mulher apareceu novamente.
Marlon: Chega. Quero salvar todas as pessoas que conheço daqui.
Ela fez uma cara de como se não estivesse nem aí. Eu apenas me levantei e continuei andando.
Eu teria que andar bastante até chegar à casa da minha avó.
???: É a última vez que te peço: Chega. Fique em um lugar que seja perto e seguro pra você.
Marlon: Não. Já disse que vou tentar salvar meus amigos.
Ela desapareceu.
Marlon: Isso tá ficando chato.
Continuei andando até que já conseguia ver uma avenida que tinha ali perto. Agora eu vou chegar rápido lá.
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Estávamos quase chegando, a última placa que passamos, dava que estávamos a uns 76 km de Goioerê. Eu estava vendo a hora que teríamos que entrar na cidade. E pela primeira vez, pensei como se eu não tivesse vivido nada daquilo de zumbis. Aqui ainda estava totalmente livre de zumbis.
Todos estavam quietos. Ninguém falava nada. Até que…
Melissa: Lucas…
Melissa falou de um jeito todo enjoado, chamando Lucas.
Lucas: Fala.
Melissa: Quero ir ao banheiro.
Putz! Agora ferrou. Haha. Lucas parou o carro.
Alice: Porque paramos? Vamos logo… também quero ir.
Lucas: Façam no mato.
Mel: O que?
Alice: Eu não.
Fernando: Se vocês querem mesmo fazer algo… vão. Do contrário seguirei o caminho.
Yooji: Eu to indo. Minha bexiga tá apertada.
Yooji saiu do carro, e de costas pro carro foi até o mato e fez o que tinha que fazer. As meninas demoraram um pouco mais. Alice saiu praguejando. Já Melissa saiu quieta e parou na minha janela do carro.
Mel: Tem papel higiênico aí no porta- luvas?
Eu abri e caiu um monte de CDs sertanejos. Por sorte, havia um rolo de papel escondido. Eu entreguei a ela e ela foi correndo atrás de Alice.
Fernando: Tem uma coisa… e se aparecer um tarado lá?
Lucas: Haha. Elas vão gritar.
Ana: Como você é malvado.
Yan: Ele tem razão. E a Alice sabe se cuidar.
Fernando: E o Yooji está com elas.
Jinghua Xu: Tomara que demorem. Ir como uma sardinha aqui atrás é ruim viu. Pode até ser uma pampa, mais mesmo assim, é pequena.
Lucas: Haha. Posso imaginar.
Yan: Olha lá. Eles já estão voltando.
Os três voltaram e entraram no carro. Eles se apertaram novamente, e logo voltamos á estrada… dessa vez, Lucas ia mais rápido. Não havia muitos carros na estrada e Lucas aproveitava, também não era uma rodovia com muitos policiais. Só passamos por enquanto por uma viatura saindo da fazenda do menino, e eles só olharam pra gente.
Yan: Lucas… eu tava pensando agora. E se alguma viatura parar agente?
Lucas: Os matamos.
Ana: O que?
Lucas: É brincadeira… Bom… improvisamos algo.
Fernando: É bom pensarmos em algo rápido.
Eu estava mais preocupado em ficar em algum lugar lá na cidade. Estávamos sem dinheiro, e sem lugar pra ficar. Não iríamos dormir no carro. Nem tem como, atrás do nosso banco havia uma janela e estava aberta. Tem muita gente. E logo comecei a sentir algo ruim.
Yan: Pessoal… tenho uma coisa muito importante pra perguntar.
Yooji: Fala Yan.
Yan: Quem soltou um pum?
Alice: O que?
Luca: Ele tá perguntando quem peidou. Poluiu o ar. Tá com vontade de cagar.
Jinghua Xu: Lucas seja mais educado. Eu e as meninas não estamos acostumadas a ouvir esse tipo de coisa.
Yan: concordo com elas.
Fernando: Idem.
Lucas: Se acostumem. Vocês fazem essas coisas nojentas como qualquer outro ser humano.
Ana: Isso qualquer um sabe… mais…
Lucas: À Tá… sem fala hein…
Jinghua Xu: É bom manter a educação.
Fernando: Galera dê uma olhada lá na frente.
Yan: Garotinho mentiroso do caramba.
Lucas: É um Filho… bom vocês sabem do que.
Mel: De um fazendeiro e uma dona de casa.
Alice: Não. Ele quis dizer…
Lucas: Deixa pra lá, nós temos problemas maiores.
Lucas diminua a velocidade e não acreditávamos no que víamos lá na frente!
Jinghua Xu: Zumbi de novo não!
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Estava andando nas ruas mais fechadas e pequenas da cidade, não queria que ninguém conhecido me visse por ali. Minha perna doía a cada esquina que eu andava. E a cada carro que passava eu fazia de tudo para eles não verem meu rosto.
Estava chegando à Avenida Santos Dummont quando minha perna não estava boa mesmo, e eu estava caindo no chão quando fui apoiá-la.
Pra piorar, eu vejo a última pessoa que eu queria ver saindo de um carro á duas quadras de distância do lugar em que eu estava. Era Amanda. Ela estava linda, como sempre foi… parecia que estava se despedindo da pessoa do carro. Eu a ignorei e na tentativa de me levantar, eu saí vitorioso.
Marlon: Tomara que ela não me reconheça também.
Falei bem baixo, e estava andando mancando. Até quando estávamos passando pelo mesmo quarteirão,… ela olhou pra mim e eu fui andando normal até que minha perna não agüentou e eu caí bonito no chão.
Amanda: Você tá bem?
Marlon: To sim. Pode deixar.
Amanda: Marlon? Marlon é você?
Marlon: Sim. Sou eu.
Amanda: O que aconteceu?
Marlon: Nada. Eu só…
Amanda: Para de ser teimoso.
Marlon: To com a perna toda ferrada.
Amanda: Vamos… eu te ajudo chegar à casa de sua avó.
Marlon: Não. Não precisa.
Amanda: Deixa eu te ajudar.
Marlon: Só até o ginásio, ou antes.
Amanda: Ok.
Amanda me ajudou a levantar, e fomos até o ginásio conversando. Eu fiquei sabendo de muita coisa: ela estava morando com um cara, ela tinha comprado uma moto, e estava bem no serviço dela. Eu por outro lado, tive que mentir. Que estava na casa da minha avó, e que me atropelaram… por isso a perna assim. Chegando ao ginásio, ela me deixou em um daqueles bancos que tem por lá.
Amanda: Pronto.
Marlon: Desculpa… eu te atrapalhando mais uma vez.
Amanda: Você não está.
Marlon: Desde aquela época, em que te conheci eu só faço isso. Hehe. Nunca soube chegar em você, nunca consegui dizer uma coisa decente perto de você, nunca consegui falar pra você o que sentia realmente eu nunca consigo nada.
Amanda: Não fala assim.
Marlon: Eu to mentindo?… não. Sabe o que eu queria? A única coisa na vida que já tive certeza, desde quando eu me conheço por gente?
Amanda: O que?
Marlon: A única coisa certa, é que eu gosto de você. Gosto demais. E não sei como vou fazer pra simplesmente entender que eu perdi isso. Mais deixa pra lá. Sempre tive que me adaptar com o que sobra pra mim, e não será diferente quanto a isso.
Amanda: Eu gostava de quando você me mandava àquelas coisas. Eu não acho que você me atrapalha.
Marlon: Aposto que antes de me encontrar você ia fazer alguma coisa. E você não pode por me ajudar a chegar aqui.
Amanda: Realmente. Eu ia fazer uma coisa sim. Mais isso pode esperar. E eu quis te ajudar. Não fiz contra a minha vontade… e foi bom, viemos conversando… eu gostei de conversar com você.
Marlon: Que bom que gostou, eu também adorei conversar com você.
Amanda: Eu já vou indo já. Fique bem. Se recupere.
Marlon: Tá. Você responderia se eu te perguntasse o que você vai fazer hoje?
Amanda: Ah… vou pra casa, eu tinha que ir ao mercado. Mais vou amanhã.
Marlon: Me passa seu endereço? É que seria legal eu poder conversar com você mais vezes.
Amanda: Você tem meu telefone.
Marlon: Ok então.
Amanda: Tchau.
Marlon: Tchau.
Ela se virou e foi embora.
Marlon: Droga. *******. *****.
Espero que aqui não tenha nada ao anoitecer. Aquela mulher me falou que eu tinha que sair de lá até o anoitecer. O que será que vai ter de noite?
De qualquer forma. Agora vou ter que andar até a casa do Marcos.
Comecei andar até a casa de Marcos que ficava á uma quadra do ginásio, mais como o quarteirão da casa dele era enorme, era como se fosse duas quadras. Eu fui andando, bem devagar. Acho que em meia hora ia escurecer. E eu não estava ficando alegre por ainda estar lá fora.
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Yan: E agora?
Alice: Ué, o homem das idéias aqui é você.
Lucas: Vamos dar a volta neles. É o único jeito.
Fernando: Ou…
Yooji: Pegaremos outro caminho.
Lucas: Não. Ou iremos lutar e eles vão ter que fugir de nós, principalmente de mim.
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